domingo, 16 de dezembro de 2007
Um "cavalheiro" do samba.
Sem querer, como sempre deixo a TV ligada atrás de mim enquanto posto e leio na Internet, para poder ficar “antenado” em qualquer novidade ou fato que mereça algum texto especial, vi no programa do “Faustão” o compositor e intérprete Paulinho da Viola.
Ahhh...doces lembranças de um inesquecível carnaval em Cabo Frio , Rio de Janeiro, onde conheci uma certa menina, de quem fui o primeiro namorado, ao som daquela excelente música que encantou a todos naquele ano, “Foi um rio que passou em minha vida” em homenagem à escola de samba Portela.
Viemos cantando aquele samba durante o imenso congestionamento entre Búzios e Rio de Janeiro, curtindo demais com todos dos outros carros que saíam e dançavam em plena rodovia .
Foi realmente um marco importante em nossas vidas, termos como “inspiração” romântica, não uma música estrangeira, mas, pela primeira vez um samba, coisa que hoje os novos compositores não conseguem superar a magia, sutileza , cuidado, toque especial de alguém , um mestiço, igualmente euro-descendente e afro-descendente, produto final de nossa miscigenação natural, bem antes destas “ações afirmativas” e cotas, que só nos fazem vítimas de discriminação entre brasileiros iguais.
O cara é um ser realmente especial (não no sentido “politicamente correto” que dão aos deficientes mentais) , por sua postura educada, humildade, modéstia e “finesse” pessoal como homem.
Nunca precisou rolar no chão, imitar trejeitos estrangeiros, fazer caretas ou gestos sexuais, jamais diferenciou negros e brancos, nem necessitou vestir roupas estranhas, cabelos exóticos, porque trazia em si próprio a beleza do talento pessoal e valor individual. Sempre impecável, calmo e simpático.
Meus aplausos para este homem, hoje sendo homenageado no “programa do Faustão” , pois ele merece todos os elogios por sua conduta e personalidade sempre cavalheiresca e nobre.
Se fosse inglês seria um nobre ou “sir”.
Devo esclarecer que não sou fã de sambas, detesto pagode e sambas-enredo, patrocinados por bicheiros e traficantes, apesar de, em minha juventude quase ter saído numa escola como passista convidado, porque, sem falsa modéstia, era bom na dança,rs.
Porém, neste caso específico, devo reconhecer a altivez e talento de uma pessoa, por seus méritos e obra musical.
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2 comentários:
Devo admitir que não sou fã dos sambas de Paulinho da Viola,não lembraria de outros ,se me fosse perguntado,apenas desse em homenagem a Portela,mas a pessoa Paulinho tem em mim,admiradora , simplicidade,e suavidade faz dele um ser realmente especial, não se curvou a grande mídia e nem aos modismo, fez um show semana passada que foi realmente um show, parabéns pelo texto e pela homenagem Homero ,esse cara merece
Solange
Solange.
-Amiga. O Paulinho é o único "lord" do samba neste país.
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