sábado, 7 de agosto de 2010

O país de "Merlin"

Desde que me lembro por interessado em política, quando era universitário na PUC-RJ e líder estudantil (embora somente um democrata na luta pela volta das eleições, jamais um idiota violento, revolucionário guerrilheiro urbano) não vi nenhuma mudança no panorama nacional em termos de novos candidatos, exceto o "fenômeno" Fernando Collor" que , com um único vídeo de propaganda , mostrando sua família encharcada de chuva, numa canoa no Amazonas, conseguiu varrer do mapa todas as lideranças políticas e "caciques" do ramo, que já comemoravam uma vitória tranquila após a nova Constituição aprovada, como Ulisses, Brizola,Lula,Covas, etc, todos pegos de surpresa pela inesperada "performance" no "marketing político", de um candidato ainda jovem, de boa aparência e nível social, com família estruturada e conhecido como perseguidor dos "marajás".
Foi um baque dificilmente engolido por tantos setores majoritários e dominantes em nossa política suja , que só poderia ocasionar uma reação surda e na surdina , até que este elemento espúrio e mal vindo, fosse convenientemente expelido, por qualquer motivo ou causa que pudessem alegar.
Assim foi e se deu, à revelia até da lei maior, com a conivência do Judiciário que atropelou prazos e procedimentos, forçando a sua renúncia, porém, depois absolvendo-o.
Ora...se foi absolvido, por que não foi reintegrado no cargo?
Qual a principal acusação?
A de uso "lobista" do poder de seu "braço direito" PC Farias, coisa que hoje é natural, permitida e oficial no Congresso, com plaquetas distribuidas aos profissionais desta área de atuação junto aos políticos.
Mas a principal razão era o recalque e o ódio, pela vitória de quem era um "estranho no ninho" , um desconhecido, não comprometido com os esquemas dominantes, que chegou de repente, avacalhando com todos os projetos e ambições de grandes e poderosos grupos políticos, amparados por enormes interesses econômicos e patrocínios de campanhas.
Sinceramente, não me arrependo em ter votado nele no segundo turno e até fiquei muito orgulhoso ao vê-lo peitar as montadoras brasileiras, chamando nossos carros de "carroças", olhando de cima o presidente dos E.U.A e em outras participações internacionais, sempre com aquele "marketing" cênico do lutador de Karatê, bem melhor do que o eterno e repetitivo discurso sem graça de um certo "gremlin falastrão", que só comete gafes e se mete onde não foi convidado.
Se hoje se contradisse e até apoiou o Lula, o problema é dele, não meu e que se dane.
Pior do que o escândalo do "mensalão" e o "não sei e não ouvi nada" do Lula , não pode existir.
Estava computando e contando nos dedos, quantos anos passamos com o mesmo panorama político desde que tivemos eleições diretas.
O campeão de derrotas e tentativas de eleição não foi o diversas vezes eleito Paulo Malluf, mas sim o Lula, para todos os cargos tentados. Nos últimos 30 anos ele tentou de tudo. Tivemos nestes 16 anos mais recentes sua presença, disputando com maior chance a presidência da República, perdendo feio no primeiro turno para FHC duas vezes e , depois, vencendo o hipocondríaco funcionário de almoxarifado; José Serra.
Simplesmente nada aconteceu, minha vida passou e vejo perplexo a falta de opções que temos, apenas mudando em escalão menor, daqueles que nunca vencerão, como os candidatos de pequenos partidos; PSOl, partido Verde, etc.
Marina acabará como sua antecessora; Heloisa Helena, apelando até para citações bíblicas e apoio de evangélicos à causa comunista ambiental revolucionária,rsrsrs.
Triste a nossa realidade e total ausência de confiabilidade na classe política, avaliada pelo povo no mesmo nível de tantos meliantes criminosos, que nos oprimem e violentam nossa integridade moral.
Somos um país "virtual", algo criado por alguma "mágica azarada", de algum mago atabalhoado e doido, que não o Paulo Coelho, que de mago ou mestre não tem nada!
Quem sabe o próprio, famoso grande e insuperável; Merlin, depois de deixar a Europa, por alguma paixão despertada em visita a algum país de primitiva cultura paleolítica herdada como o nosso?
Talvez tenha absorvido alguma toxidade de mandiocas mal fervidas ou larvas não convenientemente mastigadas, em refeições coletivas com tribos índígenas.
Sei não, se resolveu se aprofundar no Candomblé e acabou perdendo sua patente espiritual, terminando seus dias vestido de palhas e máscara como Omulu.
Quais as instituições que merecem a maior aprovação em confiabilidade da população segundo as pesquisas?
As Forças Armadas e a Igreja!
Éramos felizes e não sabiamos...tenho de admitir...
Todos juntos, vamos, pr'á frente Brasil, Brasil, salve a seleção...