quinta-feira, 19 de julho de 2007

Livre-arbítrio ou determinismo? (Parte 3)

Já comentei sobre o fato de sermos “personagens” de um drama ditado pelo destino, mas isto não é ainda tudo, pois não sabemos bem que “personagem” somos nesta imensa peça teatral da vida e qual a nossa importância nesta obra.
Seríamos atores ou platéia?
Eternos “figurantes” ou protagonistas?
Também já expliquei como funcionam e em que diferenças de níveis e alcance certos aspectos se manifestam em nossas vidas e quais os resultados concretos.
Voltando ao tema, apenas citarei algo notório que é a coincidência de milhões de pessoas num determinado momento , data ou hora, terem aspectos positivos favoráveis e outras desfavoráveis, simultaneamente.
Por uma questão de probabilidade, teremos de admitir que teríamos algo em torno de 50% para cada lado ou chances .
Portanto, qual a razão de apenas alguns alcançarem sucesso, viverem seus romances e vencerem?
Muito simples.
Enquanto espectadores ou torcedores passivos, seremos somente figurantes e platéia, porém, quando percebermos que este estado é resultado de não sabermos ou não acreditarmos em nosso potencial de sermos bem mais do que simples “figurantes”, começamos a despertar nossa atenção para nossas vidas e destinos.
Se existe o determinismo e o destino traçado em nossos mapas astrológicos desde o nascimento, isto não significa que tenhamos de nos sujeitar a termos uma vida anônima ou sem maiores conquistas, pois não sabemos qual será este destino e qual o nosso verdadeiro papel como personagens.
Tentarmos encontrar nosso verdadeiro rumo e caminho poderá parecer termos completo “livre-arbítrio”, mas, talvez seja apenas, agirmos de acordo com a nossa participação no drama da vida escrito pelo autor Maior.
Segundo esta linha de raciocínio, estaríamos DESPERDIÇANDO nossos momentos de glória, felicidade e alegria, quando TORCEMOS por outros, participando de uma multidão, de uma massa de almas voltadas a um mesmo objetivo; “empurrarmos nossos eleitos para serem bem sucedidos em nosso lugar”.
Assim ocorre quando muitos torcem por um time, um político, um ídolo, vivenciam cada vitória ou fracasso, deixando de lado suas próprias vidas para se projetarem em outras personalidades externas.
Vejam, por exemplo que, quando muitos teriam uma oportunidade de imensa alegria ou sucesso, a perdem quando vibram pela vitória de seu time ou sucesso de seu ídolo, ao invés de usufruírem pessoalmente destas alegrias e recompensas.
Quando nos emocionamos assistindo um “final feliz” de nossos “atores” preferidos, na realidade estamos abrindo mão das nossas emoções próprias e deixando de realizarmos em nossas vidas esta felicidade, durante aspectos favoráveis e altamente positivos.
Do mesmo modo quando por quem torcemos vence, deveríamos estar vencendo no lugar de nosso objeto escolhido para nossas projeções e desejos.
Isto explicaria porque dentre milhões, apenas poucos realizem plenamente seus potenciais em vida e a maioria se constitua em mera “platéia” passiva.
Quando deixarmos de participar desta imensa “Matrix” que nos tolhe a visão e sentidos, descobriremos quais personagens realmente somos e realizaremos plenamente o que o destino nos reserva.