quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eu converso com meu cachorro.

Apesar de ter dito que não postaria por uma semana previsões, nem poderia responder comentários, não posso deixar de registrar uma experiência única de “entendimento” entre humanos e cães.
Há décadas “converso com meus cães” e gatos, mas nunca antes tive uma prova tão flagrante de uma espécie de “Osmose” e “compreensão” entre espécies distintas.
Tenho 9 cães agora, contando com filhotes recém-nascidos.
Somente um cão dorme aqui dentro da casa , no meu quarto ao pé da cama , que é o “pai de todos”, o macho dominante” que deu origem à duas ninhadas.
Depois de todos os filhotes envenenados, sobraram dois, um “machinho” idêntico ao “pai” em tudo, somente mais afável, pelo menos comigo, não com os seus irmãos.
Nunca jamais o “pai” deixou de mordê-lo e ameaçar se entrasse na casa e no meu quarto.
Depois que tive a notícia de uma provável doença um tanto fatal, a “Leishmaniose” deste filhote , tive de deixá-lo dormir e ficar dentro da casa , não mais com seus irmãos no canil, para cuidá-lo , à espera do resultado dos exames finais que confirmarão ou não esta doença.
Ele entrou meio ressabiado e temeroso por causa do “pai” dele.
Na primeira noite, tive uma “conversa de gente grande” entre mim e ele, o “pai” de todos rabugento e dominador.
Usei de todos os recursos de dramaturgia, caprichando na “entonação de voz” e visualizando imagens junto a cada frase.
Disse para ele...;
“Seu filho está morrendo... não o ameace por ele ser um novo “machinho”, ele apenas está sofrendo e eu também, por sua doença... por favor entenda e não o morda nem o expulse daqui...”
Pois não é que o “pai” não sai do meu pé, evita até comer, para não chegar perto do seu filhote, que come em sua tigelinha e se instalou na cozinha?
Vivendo e aprendendo... a nos comunicarmos com os animais...
A explicação é o “sentimento” transmitido...
São Francisco que o diga...