São tantas as tragédias que se sucedem em rítmo frenético no mundo inteiro como previ , que cresceriam em frequência, que nem mais ouso comentar ou dizer "Bingo" ante tais sofrimentos e prefiro até meditar sobre mim e minha vida.
Somos feitos de surpresas para nós e sobre outros.
Agora mesmo vi um Luan Santana cantando em duo no "Criança Esperança", com uma cantora que nem sei quem é, me surpreendendo, pois não o julgava bom intérprete.
A vida é assim mesmo, repleta de novidades e fatos surpreendentes, mas nem tanto, quando se trata de nosso interior mais íntimo e experiências passadas.
Creiam ou não, os reencarnacionistas ou céticos, todos os nossos hábitos e predileções se devem a experiências passadas em outras vidas, embora eu interprete não da maneira "kardecista" e sim, mais para o de múltiplas dimensões instantâneas, semelhantes aos conceitos da Física Quântica.
Mas isto não importa em termos coletivos, somente pessoais, quando nos sentimos completamente como "estranhos no ninho", ou seja, que nada ao redor nos soa familiar ou satisfatório em termos de qualidade de vida e cotidiano.
Ahhh...que saudades me despertam aquelas imagens dos campos de Toscana, Itália e outras igualmente , não de novelas , sobre Provence, Firenze (Florença), Renascentismo e outras memórias atávicas, perdidas no meu redemoinho mental, ainda capaz de me lembrar destas experiências tão marcantes em minhas vidas.
Não é coisa tão simples a ponto de serem superadas pela adaptação a novos ambientes e meio. Não! É coisa mais séria e grave, que nos causa extrema rejeição cotidiana e eterna, a coisas, hábitos, cenários e cultura, tão díspares e chocantes, quando confrontados com vivências passadas tão mais nobres, românticas e idealistas.
Infelizmente ou não, tenho para mim ser um "karma" aqui reencarnar, pois nada tenho de empatia ou repercussão mais profunda em ser do que aqui vivo e convivo, nem mesmo da paisagem ou natureza. Aprecio os tons suaves e nuances, de flôres e vegetação rica em cores diferentes, como as de climas temperados e frios, nunca semi-tropicais ou tropicais, sempre "barrentos" ou "verdes escuros", com exceção da fauna e das araras, é claro, rsrsrs.
Para mim nada supera a beleza de uma paisagem de Provence , até mesmo de algumas ilhas gregas, de alguns de meus antepassados também, ou das escarpas e altas terras de Irlanda e Escócia, com suas gaivotas adoráveis aos meus ouvidos.
Aquele apartamento no subsolo à margem do rio Sena em Paris, perto do Teatro de ópera, ou os sótãos , também de Paris e de Munique, onde havia uma praça e um chafariz, a "dacha" da baronesa na Rússia, etc. Doces lembranças de uma época em que homens ainda sonhavam, respeitavam e amavam suas "musas" a ponto de criarem obras de arte, sinfonias e morrerem de amor, como tantos poetas "tísicos" e jovens geniais.
Hoje suas mulheres viraram ""cachorras" ou disponíveis histéricas.
Se tivemos alguma contribuição cultural benéfica de nossa História, esta se deve a tantas tragédias, pestes, guerras, renascimentos e glória de uma Europa e seus habitantes, que souberam sair do nada para o pináculo da arte e sublimação de sentimentos, seja pela pressão religiosa ou não , mas que nos legou o pouco de sensibilidade e evolução ou seriamos apenas o que somos agora, dominados por contribuições do que há de mais primitivo e apenas sensual.
Não pensem que a humanidade evoluiu. Nada disso! Quando a plebe e as massas passam a ditar os valores, eles simplesmente se degeneram e destroem a civilização, pois o exemplo deveria vir de cima para baixo, jamais de baixo para cima, sem a devida preparação cultural de quem pretende ditar os rumos culturais.
Sou "elitista"?
Talvez seja sim, se pensarem que eu exija de um "artífice" ou "artista",
dose máxima de vontade e talento, difícilmente superados, algo que dependa de extrema vocação e dedicação, não apenas tocar um "Tan-tan" qualquer ou cantar letras sem melodias, mas sim e somente as que elevem o espírito e alma.
Um violino é um violino, transmite frequências sonoras que elevam o espírito. Um tambor é um tambor, e só ativa reações corporais sensoriais do ventre para baixo.
Portanto, não podemos comparar "culturas" se, entre elas, houver um abismo civilizatório e extremas diferenças radicais insuperáveis.
Vivemos um mundo tecnologicamente adiantado, porém, "paleoliticamente" dominado por culturas primitivas em nossa grande mídia, que nada acrescentam em evolução diante do que herdamos de nossos antepassados.
Ou seja, uma "involução" rumo ao primitivismo mais profundo, além do que testemunhamos de analfabetismo funcional dos que teclam na Internet.
Prefiro mulheres que inspiravam gênios e grandes autores, paisagens suaves e floridas, ambientes culturais mais evoluídos e o romantismo, infelizmente extinto em nossos dias.
Não me arrependo de meu "romantismo", das valsas e tratamento respeitoso entre homens e mulheres.
O resto é resto.