quarta-feira, 23 de abril de 2008
O "Início do Fim"?
(Fomos, por certo, os primeiros na Internet, logo após o terremoto, a postar um gráfico com a explicação do fenômeno).
Assustados com o tremor?
Ora, são milhares por ano em todo o Brasil!
Somente agora, quando atingiu regiões mais importantes e densamente povoadas o caso teve maior repercussão na mídia e interesse, principalmente por parte da classe média, residente em edifícios.
Estamos pessimamente preparados e não possuímos estrutura técnica suficiente para lidarmos com esta nova realidade de eventos.
Concentramos no litoral, assim como diversos países, a maior parte da população, através de décadas, alimentando cada vez mais a especulação imobiliária, os aterros oficiais ou clandestinos, a construção de prédios altíssimos em zonas de risco.
O que fazermos agora que nossos lustres e taças se quebram, paredes racham, encanamentos rompem, moradores correm em pânico, por nunca antes terem passado por esta experiência?
Morei numa cidade (Los Angeles, Califórnia, E.U.A.) onde isto é comum e rotineiro, pois os maiores terremotos ocorreram lá, causando bilhões de dólares de prejuízo. Pelo menos naquele país as construções são resistentes a abalos sísmicos até um certo limite e a população está acostumada a reagir e se proteger diante destas catástrofes naturais.
Aqui não, porque nunca tiveram de enfrentar esta situação.
“Nossa terra tem palmeiras onde cantam os sabiás”, vivemos num “país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza”, não foi assim que aprenderam desde crianças?
Sabem como se proteger diante de um terremoto?
Exatamente debaixo do batente da porta, nunca em outros locais que poderão ser atingidos por desabamento do teto e paredes. Isto para os que moram em residências ou prédios baixos como os norte-americanos e europeus, onde geralmente as paredes são de madeira e teto também. Aqui no Brasil a norma e padrão de construção usa materiais pesados como lajes de concreto, tijolos, ferros, etc, transformando nossas moradias em verdadeiras “catacumbas” prontas para nos soterrarem.
Casos de prédios inclinados, fora de prumo, com rachaduras ,
em zonas litorâneas como as de Santos , Rio de Janeiro, etc, são mais do que comuns e deveriam ter sido considerados “condenados”, impróprios para a habitação, as famílias indenizadas pelos construtores e as Prefeituras processadas por terem concedido a permissão para edificações em locais de risco iminente, sem bases sólidas para suportarem os alicerces de altos edifícios.
Os prédios inclinados de Santos, deveriam ter sido interditados e implodidos.
De nada adianta importarem especialistas estrangeiros da “Torre de Pisa” para tentarem salvá-los e acobertar a culpa dos empreiteiros construtores e da prefeitura. Tal procedimento é um absurdo!
Um conjunto de blocos de edifícios de altíssimo luxo, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, teve de refazer os alicerces, pois estava simplesmente afundando no terreno arenoso. Praias no norte e nordeste estão sendo engolidas e casas submersas, pela ação progressiva das águas que sobem de nível. Com o degelo dos pólos e conseqüente elevação acelerada do nível dos oceanos, todas as cidades litorâneas serão invadidas e destruídas!
Não fazem alarde por causa da especulação imobiliária, receio do pânico das populações e quebradeira geral da Economia.
O pior não é o prejuízo material, são os atos de violência, pânico e estado de barbárie, como os verificados durante o furacão “Katrina” que devastou a cidade de Nova Orleáns, ao sul dos E.U.A., sem que o governo pudesse sequer garantir a ordem pública e segurança dos cidadãos indefesos, nas mãos de assassinos, estupradores, e ladrões, que chegaram a invadir casas e abrigos provisórios, violentando e degolando crianças na frente de seus pais e avós. Várias foram encontradas, mutiladas e decapitadas, nos frigoríficos dos salões e centros de convenções usados como abrigos. Apenas algumas imagens foram exibidas no início das reportagens, logo depois abafadas e censuradas, por força política, para não alimentarem o pânico e desconfiança na capacidade das autoridades em lidar com este tipo de situação caótica.
Imaginem o que aconteceria em cidades como a do Rio de Janeiro, cercada de favelas e milhares de meliantes fortemente armados, enquanto as classes; média e alta, desarmadas e não acostumadas a se defenderem, virariam reféns de vândalos assassinos?
Acham que, pelo menos os pobres escapariam? Pois então vejam o que ocorreu em Nova Orleáns. Os mais ricos fugiram antes da chegada do furacão. Os da classe média moradores nos subúrbios, em maioria brancos, muito bem armados e com treinamento e experiência em lidar com armas, resistiram à bala as invasões de meliantes e os entregaram mortos ou dominados, à Polícia. Quem mais sofreu foi a população pobre, que não tinha para onde ir e foi abandonada pelo governo, justamente a de maioria negra, hispânicos e pessoas mais idosas. Os mais revoltantes e assustadores atos de crueldade e violência foram praticados por elementos deste próprio estrato social contra seus semelhantes indefesos em seus abrigos provisórios. Portanto, não creiam em solidariedade, compaixão, ou mesmo sentimento de identificação pela cor, origem, classe social ou circunstância trágica.
Na hora do caos o oportunismo e a selvageria prevalecem!
Tentem mudar de trabalho e vida. Saiam das cidades litorâneas e não se mudem para grandes metrópoles com altos índices de criminalidade ou concentração de favelas periféricas. Busquem locais de não mais de 50 mil habitantes, em regiões mais altas, acima de 400 metros de altitude, que não sejam planícies, vales, nem encostas de serras. Planaltos em zonas rurais são os locais mais indicados.
No caso de um caos, por qualquer espécie de catástrofe, não se dirijam para onde todos vão; represas, reservas naturais, locais de fácil abastecimento de alimentos, pois todos farão o mesmo e, ai sim, viverão um caos humano de luta pela sobrevivência.
Não se esqueçam que estes locais serão os primeiros a serem ocupados por forças de segurança e autoridades.
Não esperem que o caos aconteça, planejem suas vidas com antecedência, pensando em outras opções de trabalho e sobrevivência. Se puderem, mudem-se para pequenos sítios, onde possam, pelo menos, plantar e criar animais. Sobretudo, preparem-se para se defenderem e lutar.
Não se iludam com planos para o futuro, carreiras ou sonhos que dependam da continuação, sem mudanças, deste “status quo” do sistema, que até agora possibilitou o que poderiam chamar de “vida relativamente satisfatória”, mesmo em meio à violência urbana, insegurança e poluição.
Vivemos numa era de incertezas e degeneração humana, o início do fim!
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