sábado, 19 de abril de 2008

A "Máquina da Verdade"






Os que acompanham programas como o BBB e outros, devem estar se perguntando; “por que não usam aquela máquina da verdade para elucidar logo crimes como este do caso Isabella?” . Não economizaria, tempo, dinheiro e impediria manobras e artimanhas de advogados?
Ai é que está o “nó” da questão.
Toda uma estrutura profissional corporativa, a mais poderosa existente que engloba o Judiciário, sobrevive e enriquece graças a estas dificuldades criadas e jamais permitirá que alguma novidade mais competente lhes roube o osso.
Desde o início do século passado, há um equipamento chamado “Polígrafo” , que é usado em algumas delegacias do mundo inteiro, inclusive aqui existe mas sequer é empregado em investigações. Quando aventaram a hipótese de usá-lo como prova determinante se uma pessoa estava mentindo ou não, logo “pularam nos cascos” representantes judiciários, advogados e magistrados, porque tal “aparelhinho” ameaçava os seus empregos e “status”. Alegaram que, na hipótese de um criminoso psicopata, frio o suficiente, a máquina poderia errar e não captar alterações nervosas geradas no cérebro,batimentos cardíacos e outros processos fisiológicos, uma vez que, tal espécie de indivíduo não se sente culpado pelos crimes que cometeu.
Discordo desta alegação, pois seria o caso de primeiro realizarem um exame psicotécnico, para determinarem as possibilidades do indivíduo ser um psicopata ou não . Se for, então as investigações teriam de se valer de mais recursos comprobatórios . Se não for, qualquer contradição ou mentira valeria , pelo menos, para auxiliar a elucidação do crime.
Porém, ninguém pode ser obrigado a realizar testes em “Polígrafos” ou “máquinas da verdade”, pois isto é considerado pela Justiça invasão de privacidade e cerceamento do direito de defesa.
Não se esqueçam também, que ninguém pode ser forçado a responder perguntas em depoimentos. Está na lei o direito a se calar evitando se incriminar.
Ou seja, foi criada uma imensa trama de ardis e escapatórias legais em favor dos suspeitos e advogados, ao invés de simplificarem o andamento das investigações.
Muita gente ganha e lucra com esta aberração inventada por uma razão de sobrevivência de determinados segmentos profissionais poderosos.
Do mesmo modo,não interessa a muitos eliminar a insegurança e violência,porque estas, criam empregos e alimentam um mercado bilionário, abrangendo; polícias, empresas de segurança, bancos, etc
.
Agora, a partir desta nova modalidade de equipamento, inventado em Israel, para interrogar prisioneiros árabes e palestinos, através das alterações captadas pela análise da voz, os recursos à disposição da Polícia aumentaram e, se quisessem, poderiam incentivar mais pesquisas específicas, para sofisticarem cada vez mais tais equipamentos.
Não preciso dizer que jamais farão uso desta máquina da verdade em investigações simplesmente policiais, somente nas secretas de órgãos de informação e Forças Armadas.
Com o avanço tecnológico, somos capazes de inventar equipamentos de altíssima exatidão e sensibilidade, incapazes de serem enganados por qualquer psicopata mais frio que exista.
O problema insolúvel é que a sociedade, como um todo, seria afetada e necessitaria de uma verdadeira revolução que mudaria hábitos, costumes, engrenagens burocráticas e conceitos, desempregando milhões de pessoas que vivem da dificuldade e entraves às
soluções mais simples e rápidas.
Objetividade, honestidade, praticidade e rapidez, são graves ameaças para quem lucra pela mentira e falta de escrúpulos. O sistema nunca admitirá que se implante a verdade.