Um artigo que acaba de ser postado no IG, confirma totalmente os dados . críticas e linha de raciocínio do texto de hoje em que comento sobre o "fracasso brasileiro", denunciando a ineficácia e excessos de gastos, além da relação resultados "per capita".
Parece que estava adivinhando quando comecei a escrever ainda de madrugada e não sou só eu que penso desta maneira, foram os próprios atletas brasileiros radicados no exterior e o jornalista responsável pela matéria.
http://ultimosegundo.ig.com.br/olimpiada/noticia/2008/08/23/atletas_demais_medalhas_de_menos_1593155.html
sábado, 23 de agosto de 2008
Brasil X E.U.A. (Vôlei masculino)
Sobre o jogo que decidirá a medalha de ouro, devo lembrar o que postei em texto anterior, quando alertei nos prognósticos, a respeito de um certo clima de frustração de expectativas e preocupação de alguns jogadores e técnico brasileiro logo após o jogo passado.
Estes aspectos astrológicos persistiram desde o término do jogo, indicando que Bernardinho e Giba preferiam pegar pela frente a Rússia, por causa do estilo de jogo mais convencional e lento, do que a rapidez e eficácia nos saques e bolas de fundo de quadra do time norte-americano. Espero que os nossos atletas não se deixem contagiar pelo clima de favoritismo e conservem os pés no chão.
A seleção dos E.U.A é muito regular e imprime um ritmo veloz, elétrico, de constante pressão.
Como não tenho os dados de nascimento deles nada posso dizer, se estão com melhores aspectos do que os brasileiros.
Neste caso, devido aos aspectos astrológicos que aconselham precaução e controle emocional por parte do nosso time, seria arriscado demais prognosticar com certeza, tendo por base somente os dados divulgados dos nossos jogadores, sem os horários de nascimento nem maior firmeza quanto a exatidão dos mesmos.
Prevenir não custa nada.
Estes aspectos astrológicos persistiram desde o término do jogo, indicando que Bernardinho e Giba preferiam pegar pela frente a Rússia, por causa do estilo de jogo mais convencional e lento, do que a rapidez e eficácia nos saques e bolas de fundo de quadra do time norte-americano. Espero que os nossos atletas não se deixem contagiar pelo clima de favoritismo e conservem os pés no chão.
A seleção dos E.U.A é muito regular e imprime um ritmo veloz, elétrico, de constante pressão.
Como não tenho os dados de nascimento deles nada posso dizer, se estão com melhores aspectos do que os brasileiros.
Neste caso, devido aos aspectos astrológicos que aconselham precaução e controle emocional por parte do nosso time, seria arriscado demais prognosticar com certeza, tendo por base somente os dados divulgados dos nossos jogadores, sem os horários de nascimento nem maior firmeza quanto a exatidão dos mesmos.
Prevenir não custa nada.
As "Meninas do Vôlei" (Parte 2)
Parabéns pela campanha e conquista do ouro!
Finalmente, depois de anos de trabalho perseguindo este título que faltava, apesar da competência do José Roberto Guimarães, (bicampeão olímpico feminino e masculino), várias vezes perdido no último momento, por falta de equilíbrio emocional.
Desta vez, mais amadurecidas e confiantes, demonstraram sangue frio, controle emocional e muita garra.
Por serem as partidas finais e de esporte coletivo,vôlei feminino e masculino, duas medalhas de ouro cairíam bem e teríam uma repercussão positiva, servindo para atenuar um pouco a impressão sobre o fraco desempenho brasileiro nesta olimpíada e abatimento em que estavam os brasileiros.
Mas que isto não ofusque o fato de que necessitamos de uma profunda e radical mudança de mentalidade, se desejarmos melhores resultados olímpicos, compatíveis com o porte dos investimentos e esperanças nacionais.
O fracasso brasileiro.
Quando pensamos em investir em algo, como, por exemplo, uma empresa, o que é mais importante? Obtermos notoriedade e amplo conhecimento popular sobre nossa empresa ou lucratividade?
Afinal, nem sempre fama traz lucratividade. Tudo depende da chamada relação “custo-benefício”.
Ou seja. A relação entre o investimento e lucros. O saldo positivo do negócio. Se tivermos uma empresa enorme, com milhares de empregados, de produção em massa, porém, de baixa lucratividade líquida (lucro bruto descontadas as despesas e impostos), que paga poucos dividendos aos seus acionistas, então não teremos um bom investimento, mas sim um paquiderme, um “elefante branco” que consome muitos esforços, despesas fixas e responsabilidades trabalhistas, para produzir pequenos lucros.
Por outro lado, se tivermos uma empresa média, com poucos empregados e razoável produção, porém, de grandes resultados em termos de lucro líquido, ai sim, seremos empresários bem sucedidos e competentes.
Se uma empresa investe muito numa linha de produtos e somente um ou dois conseguem grandes vendas, ou demanda popular, o nome da mesma poderá até se tornar conhecido, porém o investimento terá fracassado, se considerarmos as pesquisas, empregados, máquinas, tempo de trabalho, despesas publicitárias, etc.
Portanto, houve um erro de avaliação e “marketing”, por não ter sido previsto o fracasso de vendas dos demais produtos, que consumiram tanto investimento para nenhum resultado ou “benefício”.
Esporte=competição=guerra=supremacia!
Há tempos as olimpíadas e competições esportivas deixaram de ser para amadores e se transformaram num imenso investimento comercial, funcionando como “vitrines” de exposição para profissionais patrocinados a peso de ouro, bem mais valioso do que uma medalha banhada.
Quando comentei que o Brasil estava apresentando o pior desempenho de suas participações olímpicas, alguns estranharam, lembraram de Sydney, cheguei a receber uma crítica exigindo a minha “retratação”, por ter cometido um erro e ser um ignorante neste assunto.
Quem se deixa guiar pelo quadro geral de medalhas, onde o ouro determina a classificação de cada país, desconhece estatística de desempenho e resultados por objetivos.
Desde criança pratiquei esportes em diversas modalidades, competi em campeonatos e acompanhei todas as olimpíadas , PANs e mundiais. Sei de cor os nomes de diversos atletas dos últimos 50 anos e suas conquistas. Portanto, não sou tão leigo na matéria como alguns possam ter pensado.
Sob este aspecto, embora seja mais por “ufanismo” e “patriotada”, os norte-americanos estão certíssimos, ao considerarem a classificação pelo total de medalhas e não somente pelas de ouro e explico a razão.
Qual a melhor relação custo-benefício e resultado geral, mais positivo, se levarmos em conta que um país invista por 4 anos em 200 pessoas, incluindo técnicos, dirigentes, viagens, hospedagens, alimentação, cobertura de saúde, etc? 1 medalha de ouro, nenhuma de prata e nenhuma de bronze e se classificar na décima posição no quadro de medalhas, ou outro que obtenha nenhuma de ouro, mas 20 de prata e 30 de bronze e se classifique em trigésimo lugar?
Enquanto bilhões de telespectadores assistirão apenas uma vez o atleta deste país subir no pódio e seu hino ser executado, 50 vezes assistirão os do outro país, pois o que importa em televisão é a imagem e a emoção. Poucos acompanham o quadro de medalhas. A classificação só interessa aos governos por questões políticas de afirmação de supremacia e vitória.
O fato é que, o país que somente conseguiu uma medalha de ouro, desperdiçou dinheiro em centenas de atletas para nada. Melhor faria se dispensasse a maioria e ficasse com os melhores.
Já o outro país conseguiu colocar o maior número de atletas no pódio, tendo maior lucro pela exposição e visibilidade de seus representantes.
Outro fator importante, são os investimentos estruturais a longo prazo. Construção de quadras de esporte públicas e em escolas, programas de treinamento e formação de técnicos e outros profissionais da área e, sobretudo, o material humano em idade e condições de competir.
Não podemos comparar resultados atuais com passados em circunstâncias completamente diferente das de agora. O recordista Adhemar Ferreira da Silva, nosso primeiro bicampeão olímpico; recordista no salto triplo, treinava até descalço, numa época de amadores que nem tinham dinheiro para comprar um par de tênis. Jesse Owens, na década de 30, o mestiço de negro e índio norte-americano,
que desmoralizou a propaganda nazista, foi outro exemplo desta precariedade material e de recursos com que se defrontavam os antigos atletas olímpicos.
Façamos uma comparação somente entre as 3 olimpíadas mais recentes.
1996-Atlanta (E.U.A)
O Brasil ficou em 26° lugar na classificação com; 2 de ouro, 3 de prata e 7 de bronze.
Total=12 medalhas.
2000-Sydney (Austrália)
Nos classificamos em 52° lugar.
Não tivemos medalhas de ouro (0), 6 de prata, 6 de bronze.
Total= 12 medalhas.
2004-Atenas (Grécia)
Conseguimos a 1° posição, porém, obtivemos 5 de ouro, 2 de prata, e 3 de bronze.
Total=10 medalhas.
Ou seja, mantivemos praticamente o mesmo número total de medalhas em oito anos e 3 olimpíadas, enquanto a nossa população cresceu em dezenas de milhões, foram feitos investimentos, leis estimulam os patrocínios através de empresas privadas, estatais e órgãos governamentais, bilhões foram gastos e qual foi a relação custo-benefício? Maior investimento, os mesmos ridículos resultados, considerando que somos quase duas centenas de milhões de brasileiros, pelo menos uns 30 milhões em idade de competirem?
Acresça-se a isto, o fato de não termos conseguido em quantidade índices suficientes para competições olímpicas, proporcionalmente ao crescimento de nossa delegação, infestada de dirigentes (“cartolas”) e seus convidados, que viajam e fazem turismo com o nosso dinheiro.
Observem que, tanto fez como tanto faz, se tivéssemos investido ou não, por uma década, pois os resultados seriam os mesmos!
Pasmem!
Quantos atletas recordistas e ouro, norte-americanos que competiram na olimpíada de Atenas retornaram nesta? Pouquíssimos! A renovação deles é estupenda. São um celeiro de atletas e gerações de campeões.
A cada uma, aparece um Spitz, um Phelps, novas meninas da equipe de ginástica, etc.
E nós?
Até decoramos os nomes dos raros que temos ainda competindo, competindo, errando e “morrendo na praia”. Ganham alguma coisa num mundial, num PAN, mas quando chegam na olimpíada...é um fiasco e raríssimos nos dão alguma alegria.
Quais daqueles meninos empolgados que entraram em escolinhas de tênis por causa do Guga
despontaram como seus prováveis substitutos?
E aquela febre de meninas procurando os clubes para serem ginastas depois da Jade e da Daiane? No que deu?
Onde vivem e estudam os nossos nadadores recordistas?
Nos E.U.A. e sob regime disciplinar rigoroso,quase militar, sem poderem nem namorar.
Todos vêm de famílias sólidas, de bom nível educacional, em maioria absoluta do interior, especialmente de São Paulo. A Maggi e o Cielo são exemplos deste celeiro em potencial que é este estado.
Não temos nenhum atleta favorecido pela onda de “inclusão social” ou cotas disputando olimpíadas.
Qual a razão, se agora têm todo o estímulo, incentivo, bolsas universitárias, alimentação, etc?
Porque os universitários norte-americanos “bolsistas” se empenham e conseguem ?
Moro no interior de SP. Vejo uma intensa participação esportiva de colegiais em freqüentes competições. O que acontece com todos estes jovens? Desistem por falta de disciplina ou atrativos financeiros?
Quando selecionamos futuros atletas olímpicos, o principal fator é a “regularidade”, não altas “performances” esporádicas.
Diego Hipólito tem esta regularidade. Jade e Daiane não, nem controle emocional. O que aconteceu com ele só os astros explicam.
Quem está vencendo esta olimpíada, em termos de resultados proporcionais e aproveitamento de material humano?
A China? Os E.U.A?
Eu diria que nenhum dos dois.
Comparando pela estatística, os E.U.A estão em franca decadência em relação ao desempenho da época da “guerra fria” quando travava uma verdadeira guerra com a antiga União Soviética.
Cuba está com o pé na cova depois do sumiço de seu “paizão”.
Não ganham mais nada.
A China pratica torturas físicas em crianças para “criar atletas” que depois vivem confinados em verdadeiros campos de concentração, Com o imenso potencial humano que mais de um bilhão de habitantes oferece, deveria estar vencendo por uma diferença dez vezes maior.
Os verdadeiros vencedores, pelo equilíbrio entre o número de medalhas, comparado com suas populações e retorno em eficácia, numa relação quantitativa, atletas medalhistas por cidadãos, são os países demográfica e territorialmente “médios” , europeus centrais e orientais, incluindo os ex-integrantes da extinta União Soviética, além da Grã-Bretanha e Austrália. Poucos habitantes, porém de alta qualidade em potencial de aproveitamento esportivo, auto-controle, obstinação, técnica, e retorno “per capita” do investimento nacional.
Sabem a razão dos brasileiros chorarem quando vencem e ouvem o hino?
Porque o nosso hino é imponente, marcial e musicalmente lindo na introdução e final.
Mereceria um povo à sua altura e imponência e, quando um atleta vence por sua perseverança, vontade, disciplina, sacrifícios e méritos, imediatamente imagina que, por ser brasileiro, seus compatriotas poderiam aprender com o seu exemplo que poderíamos ter dado certo como país, se não fossemos tão corruptos e corruptíveis, egoístas, indisciplinados, violentos, se não pleiteássemos direitos especiais nem privilégios como as cotas em detrimento das oportunidades de nossos irmãos, se não tentássemos censurar trechos de livros sagrados e punir penalmente os que divergem, ou não aprovam a opção sexual de determinados segmentos, impedindo a livre expressão e liberdade de opinião, de ordem moral ou religiosa, se não estivéssemos invadindo, depredando, vandalizando por puro objetivo e interesses ideológicos radicais, não o direito à terra, se os mensalistas, políticos, governantes, os quarenta ladrões e o seu Ali Babá chefe que está “blindado” e impune no poder estivessem encarcerados e condenados, se tivéssemos um mínimo de vergonha na cara, altivez, auto-estima e orgulho próprio.
O atleta chora, além da emoção e felicidade, de pena, pelo que poderíamos ser, como um povo unido em suas diferenças, mas não somos.
É o choro solitário daquele que soube vencer, pelos que não querem aprender.
Afinal, nem sempre fama traz lucratividade. Tudo depende da chamada relação “custo-benefício”.
Ou seja. A relação entre o investimento e lucros. O saldo positivo do negócio. Se tivermos uma empresa enorme, com milhares de empregados, de produção em massa, porém, de baixa lucratividade líquida (lucro bruto descontadas as despesas e impostos), que paga poucos dividendos aos seus acionistas, então não teremos um bom investimento, mas sim um paquiderme, um “elefante branco” que consome muitos esforços, despesas fixas e responsabilidades trabalhistas, para produzir pequenos lucros.
Por outro lado, se tivermos uma empresa média, com poucos empregados e razoável produção, porém, de grandes resultados em termos de lucro líquido, ai sim, seremos empresários bem sucedidos e competentes.
Se uma empresa investe muito numa linha de produtos e somente um ou dois conseguem grandes vendas, ou demanda popular, o nome da mesma poderá até se tornar conhecido, porém o investimento terá fracassado, se considerarmos as pesquisas, empregados, máquinas, tempo de trabalho, despesas publicitárias, etc.
Portanto, houve um erro de avaliação e “marketing”, por não ter sido previsto o fracasso de vendas dos demais produtos, que consumiram tanto investimento para nenhum resultado ou “benefício”.
Esporte=competição=guerra=supremacia!
Há tempos as olimpíadas e competições esportivas deixaram de ser para amadores e se transformaram num imenso investimento comercial, funcionando como “vitrines” de exposição para profissionais patrocinados a peso de ouro, bem mais valioso do que uma medalha banhada.
Quando comentei que o Brasil estava apresentando o pior desempenho de suas participações olímpicas, alguns estranharam, lembraram de Sydney, cheguei a receber uma crítica exigindo a minha “retratação”, por ter cometido um erro e ser um ignorante neste assunto.
Quem se deixa guiar pelo quadro geral de medalhas, onde o ouro determina a classificação de cada país, desconhece estatística de desempenho e resultados por objetivos.
Desde criança pratiquei esportes em diversas modalidades, competi em campeonatos e acompanhei todas as olimpíadas , PANs e mundiais. Sei de cor os nomes de diversos atletas dos últimos 50 anos e suas conquistas. Portanto, não sou tão leigo na matéria como alguns possam ter pensado.
Sob este aspecto, embora seja mais por “ufanismo” e “patriotada”, os norte-americanos estão certíssimos, ao considerarem a classificação pelo total de medalhas e não somente pelas de ouro e explico a razão.
Qual a melhor relação custo-benefício e resultado geral, mais positivo, se levarmos em conta que um país invista por 4 anos em 200 pessoas, incluindo técnicos, dirigentes, viagens, hospedagens, alimentação, cobertura de saúde, etc? 1 medalha de ouro, nenhuma de prata e nenhuma de bronze e se classificar na décima posição no quadro de medalhas, ou outro que obtenha nenhuma de ouro, mas 20 de prata e 30 de bronze e se classifique em trigésimo lugar?
Enquanto bilhões de telespectadores assistirão apenas uma vez o atleta deste país subir no pódio e seu hino ser executado, 50 vezes assistirão os do outro país, pois o que importa em televisão é a imagem e a emoção. Poucos acompanham o quadro de medalhas. A classificação só interessa aos governos por questões políticas de afirmação de supremacia e vitória.
O fato é que, o país que somente conseguiu uma medalha de ouro, desperdiçou dinheiro em centenas de atletas para nada. Melhor faria se dispensasse a maioria e ficasse com os melhores.
Já o outro país conseguiu colocar o maior número de atletas no pódio, tendo maior lucro pela exposição e visibilidade de seus representantes.
Outro fator importante, são os investimentos estruturais a longo prazo. Construção de quadras de esporte públicas e em escolas, programas de treinamento e formação de técnicos e outros profissionais da área e, sobretudo, o material humano em idade e condições de competir.
Não podemos comparar resultados atuais com passados em circunstâncias completamente diferente das de agora. O recordista Adhemar Ferreira da Silva, nosso primeiro bicampeão olímpico; recordista no salto triplo, treinava até descalço, numa época de amadores que nem tinham dinheiro para comprar um par de tênis. Jesse Owens, na década de 30, o mestiço de negro e índio norte-americano,
que desmoralizou a propaganda nazista, foi outro exemplo desta precariedade material e de recursos com que se defrontavam os antigos atletas olímpicos.
Façamos uma comparação somente entre as 3 olimpíadas mais recentes.
1996-Atlanta (E.U.A)
O Brasil ficou em 26° lugar na classificação com; 2 de ouro, 3 de prata e 7 de bronze.
Total=12 medalhas.
2000-Sydney (Austrália)
Nos classificamos em 52° lugar.
Não tivemos medalhas de ouro (0), 6 de prata, 6 de bronze.
Total= 12 medalhas.
2004-Atenas (Grécia)
Conseguimos a 1° posição, porém, obtivemos 5 de ouro, 2 de prata, e 3 de bronze.
Total=10 medalhas.
Ou seja, mantivemos praticamente o mesmo número total de medalhas em oito anos e 3 olimpíadas, enquanto a nossa população cresceu em dezenas de milhões, foram feitos investimentos, leis estimulam os patrocínios através de empresas privadas, estatais e órgãos governamentais, bilhões foram gastos e qual foi a relação custo-benefício? Maior investimento, os mesmos ridículos resultados, considerando que somos quase duas centenas de milhões de brasileiros, pelo menos uns 30 milhões em idade de competirem?
Acresça-se a isto, o fato de não termos conseguido em quantidade índices suficientes para competições olímpicas, proporcionalmente ao crescimento de nossa delegação, infestada de dirigentes (“cartolas”) e seus convidados, que viajam e fazem turismo com o nosso dinheiro.
Observem que, tanto fez como tanto faz, se tivéssemos investido ou não, por uma década, pois os resultados seriam os mesmos!
Pasmem!
Quantos atletas recordistas e ouro, norte-americanos que competiram na olimpíada de Atenas retornaram nesta? Pouquíssimos! A renovação deles é estupenda. São um celeiro de atletas e gerações de campeões.
A cada uma, aparece um Spitz, um Phelps, novas meninas da equipe de ginástica, etc.
E nós?
Até decoramos os nomes dos raros que temos ainda competindo, competindo, errando e “morrendo na praia”. Ganham alguma coisa num mundial, num PAN, mas quando chegam na olimpíada...é um fiasco e raríssimos nos dão alguma alegria.
Quais daqueles meninos empolgados que entraram em escolinhas de tênis por causa do Guga
despontaram como seus prováveis substitutos?
E aquela febre de meninas procurando os clubes para serem ginastas depois da Jade e da Daiane? No que deu?
Onde vivem e estudam os nossos nadadores recordistas?
Nos E.U.A. e sob regime disciplinar rigoroso,quase militar, sem poderem nem namorar.
Todos vêm de famílias sólidas, de bom nível educacional, em maioria absoluta do interior, especialmente de São Paulo. A Maggi e o Cielo são exemplos deste celeiro em potencial que é este estado.
Não temos nenhum atleta favorecido pela onda de “inclusão social” ou cotas disputando olimpíadas.
Qual a razão, se agora têm todo o estímulo, incentivo, bolsas universitárias, alimentação, etc?
Porque os universitários norte-americanos “bolsistas” se empenham e conseguem ?
Moro no interior de SP. Vejo uma intensa participação esportiva de colegiais em freqüentes competições. O que acontece com todos estes jovens? Desistem por falta de disciplina ou atrativos financeiros?
Quando selecionamos futuros atletas olímpicos, o principal fator é a “regularidade”, não altas “performances” esporádicas.
Diego Hipólito tem esta regularidade. Jade e Daiane não, nem controle emocional. O que aconteceu com ele só os astros explicam.
Quem está vencendo esta olimpíada, em termos de resultados proporcionais e aproveitamento de material humano?
A China? Os E.U.A?
Eu diria que nenhum dos dois.
Comparando pela estatística, os E.U.A estão em franca decadência em relação ao desempenho da época da “guerra fria” quando travava uma verdadeira guerra com a antiga União Soviética.
Cuba está com o pé na cova depois do sumiço de seu “paizão”.
Não ganham mais nada.
A China pratica torturas físicas em crianças para “criar atletas” que depois vivem confinados em verdadeiros campos de concentração, Com o imenso potencial humano que mais de um bilhão de habitantes oferece, deveria estar vencendo por uma diferença dez vezes maior.
Os verdadeiros vencedores, pelo equilíbrio entre o número de medalhas, comparado com suas populações e retorno em eficácia, numa relação quantitativa, atletas medalhistas por cidadãos, são os países demográfica e territorialmente “médios” , europeus centrais e orientais, incluindo os ex-integrantes da extinta União Soviética, além da Grã-Bretanha e Austrália. Poucos habitantes, porém de alta qualidade em potencial de aproveitamento esportivo, auto-controle, obstinação, técnica, e retorno “per capita” do investimento nacional.
Sabem a razão dos brasileiros chorarem quando vencem e ouvem o hino?
Porque o nosso hino é imponente, marcial e musicalmente lindo na introdução e final.
Mereceria um povo à sua altura e imponência e, quando um atleta vence por sua perseverança, vontade, disciplina, sacrifícios e méritos, imediatamente imagina que, por ser brasileiro, seus compatriotas poderiam aprender com o seu exemplo que poderíamos ter dado certo como país, se não fossemos tão corruptos e corruptíveis, egoístas, indisciplinados, violentos, se não pleiteássemos direitos especiais nem privilégios como as cotas em detrimento das oportunidades de nossos irmãos, se não tentássemos censurar trechos de livros sagrados e punir penalmente os que divergem, ou não aprovam a opção sexual de determinados segmentos, impedindo a livre expressão e liberdade de opinião, de ordem moral ou religiosa, se não estivéssemos invadindo, depredando, vandalizando por puro objetivo e interesses ideológicos radicais, não o direito à terra, se os mensalistas, políticos, governantes, os quarenta ladrões e o seu Ali Babá chefe que está “blindado” e impune no poder estivessem encarcerados e condenados, se tivéssemos um mínimo de vergonha na cara, altivez, auto-estima e orgulho próprio.
O atleta chora, além da emoção e felicidade, de pena, pelo que poderíamos ser, como um povo unido em suas diferenças, mas não somos.
É o choro solitário daquele que soube vencer, pelos que não querem aprender.
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