Pois é...surpreendeu a "plim-Plim" hoje
e está bem mais interessante .
Coisa de loucos ou de quem gosta de pastos, ovelhas, bichos e o que mais?
Eu adooooooro meus bichos!
Adoro fazenda,passei minha infância e começo de juventude nelas montando cavalos e aprendi a adestrá-los, adoro o cheiro de mato antes da chuva. KKK.
Fui exímio em montaria e cavalos, desde a minha infância e os adoro, não deixaria um minuto lá sem presença e participação voluntária deixando os cavalos em extenuante cansaço final, rsrsrs.
A coisa mais interessante de minha vida foi participar e acompanhar os partos de meus animais ,ora... o que há de mais lindo de ver do que o instinto materno , mesmo que de animais?
Será que um "nativo" do Rio de Janeiro" meio velho, mas ex-surfista iniciador do movimento na praia de Ipanema, que resolveu viver no interiooooorrr , é tão errado assim?
terça-feira, 9 de junho de 2009
Questão de "democracia midiática".
Já devem ter notado, pelos textos anteriores que estou dando uma atenção ao "reality" "A Fazenda" , se é que posso fazer isso neste modesto blog, mas sempre fiz, desde o outro blog meu, durante os Big Brothers e neste, porém, sem poupar críticas ou sugestões também, pelo pouco que aprendi por mais de 10 anos de vivência na mídia nacional e internacional, apesar de minha formação acadêmica principal em outra profissão, ou melhor, em outras quatro.Rsrsrs.
Não nutro a menor simpatia pelo "bispo" Edyr Macedo, nem gosto de intromissões religiosas na grande mídia, mas confesso, por outro lado, não desejar uma "ditadura hegemônica" nos meios de comunicação de massa. Prefiro uma concorrência aberta, democrática e mais dinâmica.
O mesmo espaço que sempre dediquei aos BBBs anteriores , estou concedendo a este do "A Fazenda", por uma questão de justiça e imparcialidade.
Apenas isto.
Não nutro a menor simpatia pelo "bispo" Edyr Macedo, nem gosto de intromissões religiosas na grande mídia, mas confesso, por outro lado, não desejar uma "ditadura hegemônica" nos meios de comunicação de massa. Prefiro uma concorrência aberta, democrática e mais dinâmica.
O mesmo espaço que sempre dediquei aos BBBs anteriores , estou concedendo a este do "A Fazenda", por uma questão de justiça e imparcialidade.
Apenas isto.
Os "traficantes de ilusões"
Uso esta expressão um tanto "forte", porque encaro a indústria do entretenimento como semelhante ao mercado de drogas, pelos métodos e resultados em termos de condicionamento psicológico e consequente dependência psíquica.
O ser humano tem 3 tipos de “cérebros”, um deles, o mais primitivo e existente em diversos animais pré-históricos remanescentes é o denominado “cérebro réptil”, responsável por nosso instinto de luta pela sobrevivência, posse territorial, comportamentos repetitivos, “ritualísticos” como os rituais de acasalamento, hábitos arraigados, manias e atos involuntários, inconscientes, característicos da espécie.
Os imensos lagartos de Galápagos e outras regiões representam muito bem o que seria este “cérebro réptil” , como exemplos , por não possuírem a mesma conformação cerebral e evolução dos mamíferos, cujo cerebelo rege as reações mais “emocionais” e de vínculo, como o “instinto materno”, etc.
O que fazem os traficantes? Primeiro distribuem gratuitamente a droga, depois cobram dos que ficaram dependentes dela.
Como foi a introdução do Big Brother no Brasil?
No primeiro, o BBB1, apesar das dificuldades técnicas e de estrutura,pois não havia banda larga nem recursos audiovisuais hoje comuns, criaram um “assista de graça 24 hs ao dia”, o oposto de um “PPV”. No ano seguinte passaram a cobrar e reduzir os privilégios antes oferecidos aos internautas, mercado alvo principal, constituído majoritariamente por jovens, geralmente não afeitos a novelas ou outras atrações televisivas.
Nem todos os filmes têm um “final previsível” e feliz. Todas as novelas têm.
Se sabemos de antemão como será o final, por que aturamos 180 angustiantes
capítulos, ao invés de sairmos para passear, nos divertir, falar com amigos pela Internet, namorar, ou lermos um livro?
Em primeiro lugar vem o nível educacional de um povo e o nosso é baixíssimo.
Em países culturalmente mais evoluídos, quem assiste novelas são em maioria imigrantes.
Em segundo, a insegurança urbana, que serve como controle social.
Este é o verdadeiro “Big Brother” em que vivemos, condicionados, acuados e coagidos, como cobaias de laboratório.
As novelas satisfazem carências emocionais humanas, não realizadas plenamente no cotidiano, principalmente em relação ao elemento feminino.
O fenômeno psicológico de “transferência” como uma espécie de “projeção” inconsciente se efetua, formando um hábito, como o de se alimentar em horários definidos. O marido chega em casa cansado, vai jantar, não tem mais a mesma atitude de afeição ou atração de antes, quando do início do relacionamento, a vida não apresenta outra “válvula de escape” para frustrações reprimidas, a “transferência” se efetua inconscientemente do casal para a “telinha”, onde suas fantasias e emoções não mais capazes de serem vividas ou despertadas são realizadas pelos personagens com os quais se identificam. Uma espécie de “second life” mais segura, porque não há risco de envolvimento pessoal.
O mesmo vale para quem está só e carente, sem uma devida realização afetiva.
A tarefa mais árdua e difícil em termos de “marketing” é conquistar consumidores já acostumados a uma determinada marca, pois nosso “cérebro réptil” tende a nos fazer repetir instintivamente atos já enraizados, daí nossas “preferências” muitas vezes não bem justificadas por determinados produtos, induzidos por sugestões “subliminares” ou condicionamentos sociais. A noção de “status” não é privilégio dos humanos, pois existe entre os animais considerados “irracionais”.
“Status” equivale a “poder” e este ao privilégio de satisfação de nossas mais inconfessáveis necessidades e desejos.
Na maioria das vezes o “status” não significa a concretização de uma situação de “poder”, mas a “sensação” abstrata de “poder”.
Esta palavra; “poder”, para os povos de origem anglossaxã (ahhh...reforma ortográfica imbecil...) não existe com o mesmo significado dos povos latinos ou “semitas”, pois “power” significa “força”, enquanto que, “poder”, não necessariamente é obtido pela capacidade ou porte físico superior, mas sim, a capacidade de “ter”, usufruir, mandar e se proteger, usando a astúcia.
Uma vez satisfeita a carência pelo prazer abstrato oferecido por uma “transferência” ou projeção “segura”, dificilmente o “vício” não se instale.
Daí para frente, poderá perdurar por gerações, como ocorre no Brasil, desde o advento do rádio, depois substituído pela televisão.
“Criar” um “hábito” não é tão fácil quanto imaginam. Se fosse, não necessitaríamos de profissionais competentes na área publicitária.
Os norteamericanos de ascendência européia anglossaxã, independentemente de níveis culturais ou educacionais, são práticos, objetivos, detestam vítimas ou perdedores,adoram os fortes, ricos e vencedores, não gostam de episódios angustiantes prolongados, preferem seriados divertidos e compactos, embora alguns durem anos, mudando apenas os atores.
Já os latinos, mesmo os europeus mediterrâneos, africanos, semitas (incluindo alguns considerados árabes) e asiáticos, preferem as vítimas, sofrimentos, desejos satisfeitos somente após duras provas e impedimentos.
A razão do sucesso (nem tanto na Europa e América do Norte excluindo o México) do gênero “reality show” se deve ao fato de ser uma “novela” sem enredo, com liberdade para os participantes forjarem seus destinos. O mesmo não ocorre no Brasil, onde são apenas “cobaias” dependentes e manipulados pela vontade da produção.
Não é fácil curar um dependente de drogas. Podemos fazê-lo deixar de comprar de um determinado fornecedor, oferecendo outra, porém melhor, a preço igual ou mais barata. Portanto, tentar “roubar” consumidores cativos, com hábitos arraigados e satisfeitos por suas “projeções” emocionais diárias, oferecendo a “cura” ou outro “produto” que não forneça a mesma “ilusão” gratificante é pura perda de tempo e dinheiro. Jamais conseguirão.
Cada novela atende a uma necessidade de “novidade”, mas que não seja tão surpreendente, imprevisível, estranha ou chocante, para que não desperte em nosso “cérebro réptil” o medo do estranho, mudanças radicais de conceitos ou costumes consolidados.
Apenas a parcela mais jovem de uma população, aceita “novidades revolucionárias”, porque ainda não estão “cristalizados” os conceitos e hábitos. Quanto mais alto o nível sociocultural de uma classe, maior independência de opinião e rejeição aos hábitos dos mais idosos, quanto mais baixo , maior o “mimetismo” (tendência à imitação) e dependência.
Em vista desta diferença já sentida pela grande mídia, pela “migração” de milhões para a Internet e outros meios de comunicação, as novelas vem “caindo de nível”, quanto ao conteúdo, apelando mais para os conflitos emocionais, cenas despropositadas, por vezes sem nexo ou ridículas, do tipo “dramalhão mexicano”, mais ao gosto das parcelas de classes mais baixas.
Os “traficantes de ilusões” não admitem sequer a hipótese de perderem consumidores cativos. Assim funciona o sistema capitalista. Talvez um exemplo de “reação instintiva” ou “luta pela manutenção do "status" e "sobrevivência” , seja a das redes de televisão.
Antes mesmo da estréia do “reality” “A Fazenda”, as emissoras trataram de planejar suas defesas estratégicas. Algumas ou todas, quem sabe, até lançaram mão de seus inúmeros contatos na mídia para amenizar a expectativa de uma “novidade” no mercado, capaz de alterar a ordem das coisas, conquistando audiência. A reação da Globo foi flagrante. Mudaram tudo, horários e grades, até eliminaram os comerciais e emendaram os programas. Conseguiram evitar o pior e melhoraram o conteúdo do "Fantástico".
O “reality” nem havia começado e já existiam críticas em blogs e portais, numa clara tentativa de “desqualificação” como “novidade” , taxando-o de “recópia” do BBB, quando, na verdade, este “reality” não foi “inventado” agora pela Record e sim criado em 2001 na Suécia. Arranjado às pressas foi o tal do “Jogo Duro”, aliás insuportável e de “reality” não tem nada, nem votação, tudo gravado até o resultado.
Tentar oferecer a satisfação de um “vício” em fase intermediária de “prazer” e satisfação sensorial, como o de uma novela já na metade, sugerindo outra “droga”, de conteúdo mais ou menos conhecido, embora com novidades, mas em fase inicial de identificação ,“cognição” e assimilação, é burrice!
Se temos um inimigo a ser vencido, não atacamos pelos flancos mais fortes e defendidos, mas pelos mais frágeis e do modo mais inesperado possível.
Quais os horários mais frágeis da emissora líder? Estes “flancos” estão sendo atacados e conquistados pela manhã e tarde. Outros são os dos programas depois das novelas e do final da noite onde a Globo não consegue liderar nem com o Jô Soares.
“Zorra Total”, “Programa do Didi”, são para os mais idosos e crianças agregadas. “Casseta e Planeta” embora agrade parcelas não
tão idosas, também é um “flanco frágil”. Todos os três, atingem mais as classes, C,D e E, pois as mais altas, A e B , principalmente os jovens, já “migraram” para a Internet, até mesmo os pobres, pelas “lanhouses”.
O “vício” das novelas não têm limites de dependência, daí termos tantas em todos os horários possíveis, até “repetecos”.
Quer tal uma novela “reality” logo após o “dramalhão” do “horário nobre” que não é mais tão “nobre” e limitado como antes?
Questão de estratégia, pois em programas de quadros fixos, geralmente repetitivos e previsíveis, seria dificílimo mudar ou inventar alguma coisa para manter a audiência, sem adulterar a forma e conteúdo dos mesmos.
Fazer o que? Colocar sempre o Ronaldo por garantia, todas as semanas?
Trocar os humoristas e aposentar os idosos diretores?
Quando os traficantes ainda eram poucos e “fichinhas”, incomodaram os “bicheiros” poderosos e já estabelecidos como “donos de seus territórios”.
Alguns simplesmente passaram a traficar também, mas foram “perseguidos” pela Justiça, muitos deles presos, o que abriu caminho para o domínio dos traficantes nas favelas. “Jogo do bicho” era coisa de “povão”, mais das classes C,D e E. As classes A e B necessitavam de outras compensações e prazeres.
Depois da proibição dos cassinos (assim como recentemente com os bingos) só restava apostar na loteria ou no “bicho”.
Com a “revolução dos costumes” da década de 60, vieram as drogas,
para compensar a frustração psicológica de toda uma geração, pelas
revoluções reprimidas e mal sucedidas. Hoje não são mais os bicheiros os poderosos donos das favelas e periferias, são os traficantes, em eterna disputa intestina pelos “territórios”, agora também superados pelas “milícias”.
Exemplos característicos de manifestação de “cérebros répteis”, porém, a fragilidade está na rigidez de métodos e hábitos já cristalizados, quando se trata de reações de defesa. Quanto maior o “poder” e hegemonia, maiores os flancos e fragilidade, porque uma superestrutura é como um “elefante imenso”, muito pesado, sem muita “flexibilidade”, lento em mobilidade, se cair pode machucar muitos que se encontrem sob sua proteção.
Mudar de uma hora para outra a “grade de programação” de uma emissora de segunda linha é fácil. Mudar a de uma hegemônica há décadas, com uma “fórmula” de sucesso já cristalizada é por demais arriscado e inseguro.
Para quem deseje realmente disputar ou até conquistar mais espaço na audiência, aconselharia a observar estes flancos mais frágeis, ameaçando os mais fortes e defendidos, mas atacando inesperadamente os menos guarnecidos, forçando os donos da fortaleza ou castelo a alterarem a sua estrutura. O domingo é o dia mais disputado pelas emissoras, porque é o único sem novelas. Ai está o ponto frágil de uma rede que lidera há 4 décadas e a enorme preocupação em manter a liderança do “Fantástico” no “horário nobre”, pois, se alguma outra concorrente, conseguir liderar neste espaço, poderá fazer chamadas ou lançar uma novela exatamente no “hiato” existente entre o sábado de repetição do último capítulo e “orgasmo final” de prazer após tanto tempo de espera e a segunda-feira, início da próxima.
Que tal antes de comprar outro maço de cigarros da mesma marca de costume experimentar este aqui, uma novidade, que também tem nicotina e talvez mais prazeiroso?
O “cérebro réptil” é o responsável por nossa “estratégia instintiva” de sobrevivência. O imenso lagarto “Komodo” que mede até mais de 6 metros, é capaz de observar por semanas a sua vítima humana ou não, estudando seu cotidiano, hábitos e horários em que poderá ser mais facilmente atacada e comida.
Em tempo: após o que sugeri em textos anteriores sobre o assunto e venho batendo na mesma tecla, a Record mudou inesperadamente o dia da prova do "A Fazenda", antecipando para hoje, em duas exibições, às 20:45 e outra edição diferente, logo depois de "Poder Paralelo".
Antes era a "Plim-Plim" que fazia exatamente o que era sugerido no meu outro blog; www.mbne.blogspot.com ,durante o BBB7, chegando ao extremo do Bial repetir uma frase criada por mim; "a presença da ausência" uma semana depois e as edições usarem imagens também sugeridas com bastante antecedência.
Sei que tem gente da Globo entre nossos leitores, mas não sabia que também tinha da Record, será "coincidência"?
O ser humano tem 3 tipos de “cérebros”, um deles, o mais primitivo e existente em diversos animais pré-históricos remanescentes é o denominado “cérebro réptil”, responsável por nosso instinto de luta pela sobrevivência, posse territorial, comportamentos repetitivos, “ritualísticos” como os rituais de acasalamento, hábitos arraigados, manias e atos involuntários, inconscientes, característicos da espécie.
Os imensos lagartos de Galápagos e outras regiões representam muito bem o que seria este “cérebro réptil” , como exemplos , por não possuírem a mesma conformação cerebral e evolução dos mamíferos, cujo cerebelo rege as reações mais “emocionais” e de vínculo, como o “instinto materno”, etc.
O que fazem os traficantes? Primeiro distribuem gratuitamente a droga, depois cobram dos que ficaram dependentes dela.
Como foi a introdução do Big Brother no Brasil?
No primeiro, o BBB1, apesar das dificuldades técnicas e de estrutura,pois não havia banda larga nem recursos audiovisuais hoje comuns, criaram um “assista de graça 24 hs ao dia”, o oposto de um “PPV”. No ano seguinte passaram a cobrar e reduzir os privilégios antes oferecidos aos internautas, mercado alvo principal, constituído majoritariamente por jovens, geralmente não afeitos a novelas ou outras atrações televisivas.
Nem todos os filmes têm um “final previsível” e feliz. Todas as novelas têm.
Se sabemos de antemão como será o final, por que aturamos 180 angustiantes
capítulos, ao invés de sairmos para passear, nos divertir, falar com amigos pela Internet, namorar, ou lermos um livro?
Em primeiro lugar vem o nível educacional de um povo e o nosso é baixíssimo.
Em países culturalmente mais evoluídos, quem assiste novelas são em maioria imigrantes.
Em segundo, a insegurança urbana, que serve como controle social.
Este é o verdadeiro “Big Brother” em que vivemos, condicionados, acuados e coagidos, como cobaias de laboratório.
As novelas satisfazem carências emocionais humanas, não realizadas plenamente no cotidiano, principalmente em relação ao elemento feminino.
O fenômeno psicológico de “transferência” como uma espécie de “projeção” inconsciente se efetua, formando um hábito, como o de se alimentar em horários definidos. O marido chega em casa cansado, vai jantar, não tem mais a mesma atitude de afeição ou atração de antes, quando do início do relacionamento, a vida não apresenta outra “válvula de escape” para frustrações reprimidas, a “transferência” se efetua inconscientemente do casal para a “telinha”, onde suas fantasias e emoções não mais capazes de serem vividas ou despertadas são realizadas pelos personagens com os quais se identificam. Uma espécie de “second life” mais segura, porque não há risco de envolvimento pessoal.
O mesmo vale para quem está só e carente, sem uma devida realização afetiva.
A tarefa mais árdua e difícil em termos de “marketing” é conquistar consumidores já acostumados a uma determinada marca, pois nosso “cérebro réptil” tende a nos fazer repetir instintivamente atos já enraizados, daí nossas “preferências” muitas vezes não bem justificadas por determinados produtos, induzidos por sugestões “subliminares” ou condicionamentos sociais. A noção de “status” não é privilégio dos humanos, pois existe entre os animais considerados “irracionais”.
“Status” equivale a “poder” e este ao privilégio de satisfação de nossas mais inconfessáveis necessidades e desejos.
Na maioria das vezes o “status” não significa a concretização de uma situação de “poder”, mas a “sensação” abstrata de “poder”.
Esta palavra; “poder”, para os povos de origem anglossaxã (ahhh...reforma ortográfica imbecil...) não existe com o mesmo significado dos povos latinos ou “semitas”, pois “power” significa “força”, enquanto que, “poder”, não necessariamente é obtido pela capacidade ou porte físico superior, mas sim, a capacidade de “ter”, usufruir, mandar e se proteger, usando a astúcia.
Uma vez satisfeita a carência pelo prazer abstrato oferecido por uma “transferência” ou projeção “segura”, dificilmente o “vício” não se instale.
Daí para frente, poderá perdurar por gerações, como ocorre no Brasil, desde o advento do rádio, depois substituído pela televisão.
“Criar” um “hábito” não é tão fácil quanto imaginam. Se fosse, não necessitaríamos de profissionais competentes na área publicitária.
Os norteamericanos de ascendência européia anglossaxã, independentemente de níveis culturais ou educacionais, são práticos, objetivos, detestam vítimas ou perdedores,adoram os fortes, ricos e vencedores, não gostam de episódios angustiantes prolongados, preferem seriados divertidos e compactos, embora alguns durem anos, mudando apenas os atores.
Já os latinos, mesmo os europeus mediterrâneos, africanos, semitas (incluindo alguns considerados árabes) e asiáticos, preferem as vítimas, sofrimentos, desejos satisfeitos somente após duras provas e impedimentos.
A razão do sucesso (nem tanto na Europa e América do Norte excluindo o México) do gênero “reality show” se deve ao fato de ser uma “novela” sem enredo, com liberdade para os participantes forjarem seus destinos. O mesmo não ocorre no Brasil, onde são apenas “cobaias” dependentes e manipulados pela vontade da produção.
Não é fácil curar um dependente de drogas. Podemos fazê-lo deixar de comprar de um determinado fornecedor, oferecendo outra, porém melhor, a preço igual ou mais barata. Portanto, tentar “roubar” consumidores cativos, com hábitos arraigados e satisfeitos por suas “projeções” emocionais diárias, oferecendo a “cura” ou outro “produto” que não forneça a mesma “ilusão” gratificante é pura perda de tempo e dinheiro. Jamais conseguirão.
Cada novela atende a uma necessidade de “novidade”, mas que não seja tão surpreendente, imprevisível, estranha ou chocante, para que não desperte em nosso “cérebro réptil” o medo do estranho, mudanças radicais de conceitos ou costumes consolidados.
Apenas a parcela mais jovem de uma população, aceita “novidades revolucionárias”, porque ainda não estão “cristalizados” os conceitos e hábitos. Quanto mais alto o nível sociocultural de uma classe, maior independência de opinião e rejeição aos hábitos dos mais idosos, quanto mais baixo , maior o “mimetismo” (tendência à imitação) e dependência.
Em vista desta diferença já sentida pela grande mídia, pela “migração” de milhões para a Internet e outros meios de comunicação, as novelas vem “caindo de nível”, quanto ao conteúdo, apelando mais para os conflitos emocionais, cenas despropositadas, por vezes sem nexo ou ridículas, do tipo “dramalhão mexicano”, mais ao gosto das parcelas de classes mais baixas.
Os “traficantes de ilusões” não admitem sequer a hipótese de perderem consumidores cativos. Assim funciona o sistema capitalista. Talvez um exemplo de “reação instintiva” ou “luta pela manutenção do "status" e "sobrevivência” , seja a das redes de televisão.
Antes mesmo da estréia do “reality” “A Fazenda”, as emissoras trataram de planejar suas defesas estratégicas. Algumas ou todas, quem sabe, até lançaram mão de seus inúmeros contatos na mídia para amenizar a expectativa de uma “novidade” no mercado, capaz de alterar a ordem das coisas, conquistando audiência. A reação da Globo foi flagrante. Mudaram tudo, horários e grades, até eliminaram os comerciais e emendaram os programas. Conseguiram evitar o pior e melhoraram o conteúdo do "Fantástico".
O “reality” nem havia começado e já existiam críticas em blogs e portais, numa clara tentativa de “desqualificação” como “novidade” , taxando-o de “recópia” do BBB, quando, na verdade, este “reality” não foi “inventado” agora pela Record e sim criado em 2001 na Suécia. Arranjado às pressas foi o tal do “Jogo Duro”, aliás insuportável e de “reality” não tem nada, nem votação, tudo gravado até o resultado.
Tentar oferecer a satisfação de um “vício” em fase intermediária de “prazer” e satisfação sensorial, como o de uma novela já na metade, sugerindo outra “droga”, de conteúdo mais ou menos conhecido, embora com novidades, mas em fase inicial de identificação ,“cognição” e assimilação, é burrice!
Se temos um inimigo a ser vencido, não atacamos pelos flancos mais fortes e defendidos, mas pelos mais frágeis e do modo mais inesperado possível.
Quais os horários mais frágeis da emissora líder? Estes “flancos” estão sendo atacados e conquistados pela manhã e tarde. Outros são os dos programas depois das novelas e do final da noite onde a Globo não consegue liderar nem com o Jô Soares.
“Zorra Total”, “Programa do Didi”, são para os mais idosos e crianças agregadas. “Casseta e Planeta” embora agrade parcelas não
tão idosas, também é um “flanco frágil”. Todos os três, atingem mais as classes, C,D e E, pois as mais altas, A e B , principalmente os jovens, já “migraram” para a Internet, até mesmo os pobres, pelas “lanhouses”.
O “vício” das novelas não têm limites de dependência, daí termos tantas em todos os horários possíveis, até “repetecos”.
Quer tal uma novela “reality” logo após o “dramalhão” do “horário nobre” que não é mais tão “nobre” e limitado como antes?
Questão de estratégia, pois em programas de quadros fixos, geralmente repetitivos e previsíveis, seria dificílimo mudar ou inventar alguma coisa para manter a audiência, sem adulterar a forma e conteúdo dos mesmos.
Fazer o que? Colocar sempre o Ronaldo por garantia, todas as semanas?
Trocar os humoristas e aposentar os idosos diretores?
Quando os traficantes ainda eram poucos e “fichinhas”, incomodaram os “bicheiros” poderosos e já estabelecidos como “donos de seus territórios”.
Alguns simplesmente passaram a traficar também, mas foram “perseguidos” pela Justiça, muitos deles presos, o que abriu caminho para o domínio dos traficantes nas favelas. “Jogo do bicho” era coisa de “povão”, mais das classes C,D e E. As classes A e B necessitavam de outras compensações e prazeres.
Depois da proibição dos cassinos (assim como recentemente com os bingos) só restava apostar na loteria ou no “bicho”.
Com a “revolução dos costumes” da década de 60, vieram as drogas,
para compensar a frustração psicológica de toda uma geração, pelas
revoluções reprimidas e mal sucedidas. Hoje não são mais os bicheiros os poderosos donos das favelas e periferias, são os traficantes, em eterna disputa intestina pelos “territórios”, agora também superados pelas “milícias”.
Exemplos característicos de manifestação de “cérebros répteis”, porém, a fragilidade está na rigidez de métodos e hábitos já cristalizados, quando se trata de reações de defesa. Quanto maior o “poder” e hegemonia, maiores os flancos e fragilidade, porque uma superestrutura é como um “elefante imenso”, muito pesado, sem muita “flexibilidade”, lento em mobilidade, se cair pode machucar muitos que se encontrem sob sua proteção.
Mudar de uma hora para outra a “grade de programação” de uma emissora de segunda linha é fácil. Mudar a de uma hegemônica há décadas, com uma “fórmula” de sucesso já cristalizada é por demais arriscado e inseguro.
Para quem deseje realmente disputar ou até conquistar mais espaço na audiência, aconselharia a observar estes flancos mais frágeis, ameaçando os mais fortes e defendidos, mas atacando inesperadamente os menos guarnecidos, forçando os donos da fortaleza ou castelo a alterarem a sua estrutura. O domingo é o dia mais disputado pelas emissoras, porque é o único sem novelas. Ai está o ponto frágil de uma rede que lidera há 4 décadas e a enorme preocupação em manter a liderança do “Fantástico” no “horário nobre”, pois, se alguma outra concorrente, conseguir liderar neste espaço, poderá fazer chamadas ou lançar uma novela exatamente no “hiato” existente entre o sábado de repetição do último capítulo e “orgasmo final” de prazer após tanto tempo de espera e a segunda-feira, início da próxima.
Que tal antes de comprar outro maço de cigarros da mesma marca de costume experimentar este aqui, uma novidade, que também tem nicotina e talvez mais prazeiroso?
O “cérebro réptil” é o responsável por nossa “estratégia instintiva” de sobrevivência. O imenso lagarto “Komodo” que mede até mais de 6 metros, é capaz de observar por semanas a sua vítima humana ou não, estudando seu cotidiano, hábitos e horários em que poderá ser mais facilmente atacada e comida.
Em tempo: após o que sugeri em textos anteriores sobre o assunto e venho batendo na mesma tecla, a Record mudou inesperadamente o dia da prova do "A Fazenda", antecipando para hoje, em duas exibições, às 20:45 e outra edição diferente, logo depois de "Poder Paralelo".
Antes era a "Plim-Plim" que fazia exatamente o que era sugerido no meu outro blog; www.mbne.blogspot.com ,durante o BBB7, chegando ao extremo do Bial repetir uma frase criada por mim; "a presença da ausência" uma semana depois e as edições usarem imagens também sugeridas com bastante antecedência.
Sei que tem gente da Globo entre nossos leitores, mas não sabia que também tinha da Record, será "coincidência"?
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