Fico espantado como a Polícia Científica Pericial pode deixar escapar um dos dados mais importantes do inquérito, sem investigar mais a fundo, qual instrumento cortante causou o ferimento na testa de Isabella dentro do automóvel.
Segundo os laudos, a madrasta teria atingido a testa da menina no banco traseiro com a mão esquerda, causando aquele ferimento longitudinal que sangrou bastante.
Este tipo de ferimento é comum entre lutadores, pugilistas, que, quando cortam o supercílio em virtude de um soco, sangram bastante, necessitando de um pó secante para continuarem na luta.
Talvez poucos tenham notado durante a entrevista mostrada pela Globo no Fantástico , um anel tríplice, de cor prata e pedras brancas salientes, com uma espécie de pingente ou correntinha que ela segurava na mão esquerda , muito nervosa apertando entre os dedos.
O anel tem ressaltos e saliências metálicas, que poderiam provocar ferimentos cortantes.
Não foi um tapa de mão virada, foi um soco, porque somente assim a ferida mostraria um choque vindo da diagonal do banco do acompanhante. Se a madrasta tivesse apenas virado o braço e , com o dorso da mão atingido a testa da menina, a ferida teria sinais contundentes de frente e, de nenhuma maneira, ela poderia tê-la atingido em virtude do encosto de cabeça do banco do motorista. Portanto, ela se virou e acertou, de lado, um soco na testa acima do supercílio de Isabella.
Restaria à Perícia fazer uma comparação com o vídeo das câmeras de segurança do supermercado, para verificar se ela usava este anel durante as compras.
Se a madrasta usava, então a Polícia Científica comeu mosca.
Mantenho o que disse desde o primeiro momento antes de quaisquer perícias, usando apenas a Psicometria sobre a foto de Isabella. O pai é o assassino e a jogou pela janela. Vi perfeitamente ele com as mãos estendidas em direção ao pescoço ou ombros dela com uma fisionomia fria e concentrada.
O fato de tê-la segurado primeiro por um dos punhos e só depois a soltado, foi um reflexo momentâneo de arrependimento ou preocupação em jogá-la num terreno gramado para não ter de enfrentar a cena de sua filha desfigurada, com o crâneo esfacelado, se a tivesse lançado pela janela do outro quarto, o de Isabella, pois cairia no concreto.
Se a madrasta se sentir muito pressionada e receosa de perder a guarda dos filhos, poderá abrir o bico e contar a verdade. Só não o fez porque depende financeiramente da família de Alexandre , inclusive para pagar os advogados.
O filho dela poderá ser a "peça-chave" para desvendar o crime, caso a Justiça conceda permissão para uma sessão de perguntas, conduzida por profissionais especializados em crianças de tenra idade. Dai a preocupação dos pais em evitarem que um representante do Conselho Tutelar investigasse as condições das crianças.