sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Recado para a "Plim-Plim"

A “Plim-Plim” não tem jeito mesmo. A cada hora inventa uma novidade para tentar surpreender, passando até por cima das regras e cronogramas do programa publicados em seu site.
Sempre a prova do “anjo” foi às sextas-feiras. Resolveram mudar na última hora e criaram este “big-fone” que levanta até dúvidas sobre a credibilidade da emissora de televisão, pois, quem nos garante que a sentença já definida não espere que um “brother” esteja mais próximo do telefone?
O BBB é um “reality show” e, como tal, um programa do tipo “você decide”, dependendo da interação público-decisão, sobre quem deverá ou não permanecer na casa, conforme seus méritos e popularidade.
Quando passam a interferir aleatoriamente, mudando o curso e rumo normal, desrespeitam a vontade dos participantes e do público, passando a ser um programa-cassino ou programa-bingo, onde somente a sorte prevalece e coloca pessoas não votadas no paredão em circunstâncias desfavoráveis.
Elogiei a “Plim-Plim” por ter feito valer o regulamento, ao anular o resultado da última prova do líder, (e foi mais um acerto na bucha, aqui previsto) mas, hoje, tenho de desaprová-la veementemente, por esta “invenção esdrúxula” deste “big-fone”, que mais parece uma intervenção direta da produção no andamento normal do programa.
Perdi tempo fazendo mapas para uma determinada data e horário e ai vem a Globo e muda tudo, transferindo provas, interferindo em resultados fora do cronograma oficial.
Estendem horários do programa, mudam regras, assim não dá para prever nada !
“paredões triplos” para que?
Para cumprirem a redução de tempo por causa da nova grade de programação, que incluirá os novos contratos assumidos no exterior e mini-séries, por isso anteciparam para o dia 25 de março a final?
Então não seria mais prático começarem com 10 concorrentes ao invés de 14?
O próprio Bial em “ato falho” ou não, admitiu ser muita gente para um BBB logo na estréia do programa.
O grande problema da Globo é este sistema de “capitanias hereditárias”, onde o poder e participação passam de pai para filhos, elegendo pessoas que levarão esta rede hegemônica à uma provável decadência futura, que já começou a se manifestar, pela mudança de comportamento do grande público que a mantinha, a classe média, hoje mais afeita à Internet e outros veículos de comunicação, que abandonou a programação habitual.
Esta é a razão da “Plim-Plim” agora apelar para os setores “periféricos” da sociedade, os chamados “excluídos” , comunidades, favelas, etc, tentando “dourar a pílula” , mostrando seus representantes como “protagonistas” principais de novelas “politicamente corretas”, segundo o sistema de “cotas”, não importando quão inverossímeis e irreais pareçam ser, porém , tudo pela “causa social”.
Acho que a “Plim-Plim” não percebeu ainda que, assim agindo, inverte o preconceito, interfere radicalmente nos padrões e realidade brasileira, tentando dar uma de “abolicionista e libertadora”, enquanto os “excluídos” em nada dependem de sua “mãozinha auxiliadora”, pois também são gente, como todos nós e não necessitam deste tipo de “ajuda superior” para se fazerem valer e vencerem na vida.
Encaro este tipo de “ajuda” como um “sentimento preconceituoso às avessas”, onde somente através da cultura vencedora e dominante os excluídos possam ter a sua manifestação e valor por caridade .
Mais uma vez o elemento psicológico do “eu bonzinho ajudando os inferiores explorados e sem direitos” prevalece!
Parem com isto!
Deixem que as etnias se manifestem, lutem e conquistem o seu espaço, pelos méritos próprios, sem nenhum “empurrãozinho ou cotas”, pois ninguém precisa desta espécie “superior” de ajuda.
Quem pense que alguém precisa de alguma “ajudinha” se julga superior!
E você, “Plim-Plim”, caia na real e se aprume, ou perderá a credibilidade se continuar a enfiar os pés pelas mãos.
Foram mais de 10 anos de vida artística (ai com vocês também) , no exterior e muita experiência em mídia e “Marketing”, para que eu não me calasse diante destas atrocidades midiáticas .
Portanto, para os prováveis amigos jornalistas da Globo que ainda acompanhem meus dois blogs, apenas alertaria para este grande erro de avaliação e direção.
Ainda há tempo para consertarem o estrago feito.