segunda-feira, 6 de junho de 2011

"Rock, rock,...rock" ?

Não considero nenhuma banda famosa do Brasil sequer do nível da mais medíocre internacional.
O idioma, o profissionalismo, a organização e, por eles, em maioria, serem músicos excepcionais, formados em academias, como na qual estudei lá fora, tudo os favorece.
Comparem um "U2", com qualquer banda famosa nacional desta lista e verão a diferença em termos de melodias e letras que emocionam e ficam gravadas em nossas mentes, além do talento de cada um do grupo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_bandas_de_rock_do_Brasil

Observem os maiores sucessos internacionais e temas de filmes, "Titanic", etc, que encantaram as novas gerações e adivinhem as idades dos seus compositores?
Ninguém berra; "eu te amo", nos ouvidos da pessoa amada, embora, às vezes, trate-se de um pedido desesperado de atenção. Os mais recentes e atuais jovens brasileiros, não sabem expressar sentimentos mais puros e suaves através da música, talvez achem isso "antiquado", mas se derretem e se emocionam com sucessos "românticos" internacionais. Infelizmente, nossa realidade musical é muito estressante, só ritmo, sensualidade exacerbada, vulgaridade, pulos e falta de talento.
Ainda não conheço o repertório todo da banda "JOAH", assunto de texto anterior, conhecerei, mas gostaria de ver o Maurício cantando coisas mais do genero melodioso, como as que cantava na casa. Poderia explorar mais a expressão corporal, como naquelas danças sensuais engraçadas, com aquele boné, que fazia para provocar a Maria e o seu jeito para o humor. Em outros lances, ele "encarna" e lembra um tipo de espírito mais "agressivo e rebelde" do Mick Jagger, mas a sua "praia", onde, para mim, renderia bem melhor, seria a mais "melodiosa" e sentimental, embora "rock". Penso que deveria se mostar mais como realmente é e seus olhos transmitem, mais sentimental e lírico, mesmo abordando temas sociais, como "Sting" e "U2" fazem.
O Maurício não é desafinado, tem ótimo potencial de voz e isso ele provou na casa, cantando em "capela", sem acompanhamento, especialmente em Inglês.
O genero escolhido, é que não ajuda, nem o nosso idioma, aliás o repertório do rock nacional é muito fraco e sem melodia. Os cantores não cantam, apenas "falam", como se isso significasse alguma "novidade", pois há 60 anos este estilo já existe nos E.U.A; Bob Dylan, nas décadas de 50 e 60 e outros mais antigos, como lendário; Woody Guthrie, seu ídolo, que eram compositores e intérpretes "itinerantes", faziam canções de protesto, munidos de um violão e uma gaita (harmônica), durante a grande depressão econômica dos anos 30 e 40, usando a "folk music".
A melhor banda nacional dos últimos 25 anos, ainda é a "RPM" e o melhor intérprete em vários estilos; Paulo Ricardo, mas seus melhores arranjos musicais, que marcavam a personalidade do grupo, foram feitos pelo competente; Luiz Schiavon, que agora é o maestro arranjador e músico do programa do Faustão.
Ou seja, os que desejam seguir nesta atividade, terão de encarar muito estudo, total dedicação, profissionalismo e, sobretudo, um meio cruel, concorrido e dominado por muitas pessoas sem escrúpulos da mídia.
Como já dizia a paródia de uma banda formada por publicitários durante os anos 70; "em terra de cegos, que tem um olho, EMIGRA"!