A “Plim-Plim” continua célere em sua curva descendente. Perde para emissoras concorrentes em alguns horários, nenhuma novela emplaca mais sucesso, todas com índices medíocres de audiência, inclusive seus programas dominicais.
É mais um “Bingão”, aqui previsto desde o início do ano passado, em 2008, sobre a decadência da Rede Globo e que, não seria somente pelo aparecimento de novas mídias, mas sim, perante suas adversárias.
Fiz mapas para as últimas novelas antecipando o fiasco de IBOPE e ainda dei “dicas", de como melhorarem os índices alterando os roteiros e elenco, como no caso de “Caminho das índias”, quando sugeri que enfocassem mais o exotismo local e misticismo indiano, ao invés de insistirem em políticas de “inclusão” do núcleo “pobre” brasileiro, que acabou “estigmatizando” uma atriz (Juliana Alves), que vinha em plena ascensão nas novelas, mas foi mal aproveitada nesta, pelo estereótipo da eterna “mulata boazuda” como personagem. Stênio Garcia não consegue se livrar de sua expressão corporal e entonação do "Carga pesada", Marcio Garcia é um "blefe" como galã e Juliana Paes está "insuportável", saturando, pelo não convencimento como "vítima" indefesa, sofredora. Para variar, o melhor é Tony Ramos , que "veste" integralmente um personagem, inserindo trejeitos marcantes, mudando até sua entonação de voz, porém, por sua aparência e expressão corporal, ele parece mais um "brâmane" do que um comerciante, enquanto Lima Duarte estaria melhor no papel de um "sudra". Lombardi "engoliu" a novela e assumiu "na marra" o papel de galã principal. Vera Fischer ,quando aparece, a telinha "brilha" e refresca os olhos, mas ela não consegue "brilhar" como atriz.
Fracassos após fracassos, a “ex-campeã de audiência” parece que não aprende mesmo a lição, enredada numa teia de interesses e vaidades de sua diretoria “deslumbrada” e onipotente, sempre atenta e cobrando dos políticos e governos uma “transparência” que ela própria se recusa a mostrar em suas votações públicas como as dos BBBs.
Se já existia uma grande antipatia por grande parcela, principalmente dos internautas por esta emissora, agora então virou um verdadeiro “boicote geral”, como ficou demonstrado depois da eliminação de Ana Carolina, que fez a Globo amargar o pior índice histórico de audiência numa final, com uma queda vertiginosa de 7 pontos em menos de 24 horas. Não bastasse isto, apesar de intensas “chamadas” durante a semana passada, o “Fantástico” também chegou ao “fundo do poço”, com a menor audiência de sua história, embora tenha anunciado a presença de Priscila em reportagem especial. De nada adianta a Endemol, Boninho e Bial encherem os bolsos pelo “merchandising” mais caro de todos os BBBs, enquanto a Globo afunda com os piores índices de todas as edições do programa. TV é audiência! Os interesses de determinado núcleo de produção, não podem se sobrepor aos da emissora. A “Plim-Plim” não está sabendo aproveitar a originalidade e alto investimento desta novela e “perdeu o caminho” para as Índias, preferindo bater na mesma tecla de sua campanha e discurso “politicamente corretos”. A novela “Duas caras” já demonstrou que, se insistirem numa “inclusão” social forçada, luta contra aparentes “preconceitos” e quebra de “tabus”, quem será “excluída” será a “Plim-Plim”. Esta “mania” politicamente engajada da “esquerda festiva” da mídia”, chegou ao cúmulo de inserir na novela como elemento principal, um questionamento crítico das tradições milenares da Índia, em frontal contestação de seus princípios religiosos e costumes. Se lá existem; a desigualdade, o preconceito e a menor mobilidade social por causa das “castas”, pelo menos eles não têm os nossos índices de corrupção, violência urbana, prostituição infantil e adulta, degeneração moral e impunidade, não fecham hipocritamente os olhos para as origens de alguém, somente porque esta pessoa enriqueceu mas continua “boçal”. Eles assumem o que pensam e acreditam, enquanto nós não , mas praticamos uma discriminação social “velada”. Eles têm uma história antiquíssima, milenar, de religiosidade e sabedoria, enquanto nós apenas de “bundas” que rebolam, braços que batucam e pernas que chutam bolas.
Se querem fazer novelas de contestação e denúncia, que o façam sobre ditadura cubana, lá na ilhota do mais antigo ditador da História, na China ou no "escambau".
A “máxima” popular do ex-carnavalesco Joãzinho Trinta, de que “o povo gosta de luxo e beleza! Quem gosta de feiúra e miséria é intelectual!” ainda prevalece incontestável e os resultados comprovam os fracassos no IBOPE.
Quem liga a TV, quer ver imagens atraentes, diferentes, interessantes, que nos encantam e satisfazem os sentidos. De realidade brutal, violenta, miserável, de sofrimentos e nada que seja atraente em termos estéticos, já estamos cheios de ver e conviver no cotidiano, desde que nascemos neste país tropical “macunaímico”. Se isto contraria ideais de igualdade ou mexe com recalques e baixa autoestima de povo de terceiro mundo, paciência! TV privada visa o lucro! O resto é “discurso político” e demagogia de uma elite da mídia, que se julga a “salvadora da pátria”, defensora dos oprimidos e excluídos, mas não abre mão de seu padrão social de conforto, prestígio e boa vida.