sábado, 11 de agosto de 2007

Cadê o meu "signo"?



Quando nascemos, o Sol estava numa determinada posição em relação ao nosso planeta Terra, tendo como fundo, olhando daqui onde vivemos, uma constelação específica, conforme a época e data no ano.
A divisão em 12 signos (ou constelações) é puramente ideal, pois cada constelação tem um tamanho, algumas muito pequenas como a de Escorpião, outras enormes, como a de Virgem.
Toda a Astrologia atualmente praticada se baseia em dados colhidos nos dois primeiros séculos D.C, ou seja, há quase 2 mil anos !
As primeiras efemérides (anotações das posições dos astros) datam deste antigo período e foram repassadas de pai para filho, pelos praticantes de uma “Astrologia de feira”, onde valia de tudo, até jogar uma corda no chão para adivinharem qual seria o Ascendente de uma pessoa, uma vez que, naquela época não haviam registros de nascimentos nem cartórios, o que não impedia que “astrólogos charlatães” , geralmente caldeus, ganhassem o seu dinheiro em Roma, então capital do maior império da humanidade.
Quando da “ruptura” entre “astrólogos populares” e astrólogos de origem mais aristocrática, conhecedores dos fenômenos astronômicos, um imenso abismo se formou e até hoje separa a Astronomia da Astrologia, por pura ignorância de profissionais e estudantes desta ciência milenar, culturalmente despreparados para a prática de seus métodos e observações.
No passado, um astrólogo do reino, acompanhava o parto da rainha, num aposento próximo, observando a verdadeira posição dos planetas através de uma luneta e sextante, para saber exatamente o momento do primeiro choro do recém-nascido herdeiro do trono.
Enquanto isto, nas feiras e ruas, outros seguiam as antigas efemérides, totalmente desatualizadas, mais preocupados com seus ganhos imediatos e sem o devido lastro cultural que os habilitassem conhecer a realidade astronômica.
Isto se perpetuou até hoje, ensejando esta divisão e antagonismo entre astrônomos e astrólogos, apesar de, por estranha atitude oportunista de nossos observatórios, publicarem em anuários a mesma concepção “geocêntrica” superada, para não espantarem os visitantes e atraírem mais público, coisa que já denunciei em debates e cobrei de seus diretores, que preferiram o conveniente silêncio, após as provas deste “erro injustificável, por parte de astrônomos, que tanto criticam e não reconhecem a Astrologia como ciência, exatamente por causa da “precessão dos equinócios”.
Dependendo do método de retificação, “Ayanansa” , somente os que nasceram nos últimos 6 ou 7 dias de seu aparente “signo solar” ainda continuarão nele.
Todos os demais estarão no “signo” ou constelação anterior, hoje, depois de quase dois milênios de movimentos celestes e alterações em relação a Eclíptica.
Qual a razão então, para que a maioria dos astrólogos profissionais insistirem que “este fenômeno científico astronômico provado, não muda nada” ?
Muito simples.
Teriam de devolver o dinheiro das consultas por terem enganado seus clientes sobre seus signos solares e Ascendentes!
Fundamentam suas interpretações principalmente em signos!
Alguns perguntarão; “mas como eu não sou de Leão, mas sim de Câncer , se me identifico com o meu signo, mesmo errado?”
Já repararam que, todos nós temos não só, características de um signo, porém de outros também, se observarmos bem as características de cada um?
O que ocorre é uma espécie de “mimetismo” ou introjeção psicológica, desde a primeira vez que alguém nos diz ou tomamos conhecimento que “pertencemos” a um determinado signo.
Passamos a nos comportar exatamente como seria de se esperar para os “nativos” daquele signo solar, como uma forma de acentuarmos nossos traços de temperamento e personalidade.
Perguntem a um Escorpiniano, se ele realmente é vingativo, rancoroso, ou se, na realidade ele esquece rapidamente as mágoas e até perdoa facilmente seus inimigos?
Encontrarão muitos, até os não afeitos a estas influências astrológicas, que dirão; “é verdade... eu não me comporto como seria de se esperar de um Escorpiniano, pareço às vezes ser mais um Libriano”.
Foi assim que iniciei minha busca, muito jovem ainda, por não concordar com certas afirmações e interpretações, além de ter formação nas duas áreas; Humanas e Exatas, o que me facilitou as pesquisas, até descobrir o grande erro e passar a aplicar a Astrologia Sideralista, ou seja, aquela que usa os verdadeiros dados astronômicos, passíveis de serem observados em qualquer telescópio caseiro ou de observatório oficial.
Se cada constelação tem um tamanho diferente, umas chegam a 44 graus de arco (medida trigonométrica, onde 1 grau significa 60 minutos de arco),outras quase 20, então como seria este “Zodíaco verdadeiro”?
Não seria nem é, pois não significa absolutamente nada e as estrelas também se deslocam e até desaparecem por explosões e “nascimentos” de outras tantas, além de não estarem à mesma distância da Terra e sim com diferenças de milhões de anos-luz, umas das outras e em relação ao nosso planeta.
Os assim chamados “astrólogos sideralistas”, geralmente de maior conhecimento astronômico e os mais “populares” que dominam esta área na grande mídia, nunca chegaram a um acordo, devido a um simples fator, por mais óbvio que seja, porém ainda não descoberto, o qual não esclarecei totalmente aqui, por ser objeto de um longo e árduo trabalho meu de pesquisa, capaz de elucidar este antagonismo e radicalismo das duas correntes.
Apenas deixarei uma “dica”.
Estudem mais o ciclo solar em relação ao nosso planeta ,"equinócios vernais", suas peculiaridades orbitais e fenômenos.
Usem somente “setores” como “casas” , não signos ou toda esta “parafernália idiota acumulada” ao longo de séculos de ignorância popularesca, onde “cegos guiaram cegos” e o hoje formam seus “discípulos” de uma eterna e hereditária “cegueira providencial, para que, jamais possam prever com exatidão nem desvendar o que a eles não é permitido ainda desvendarem , por não estarem devidamente preparados para o exercício desta Ciência (com “C” maiúsculo) magna, que incorpora todos os demais conhecimentos.
Jamais repitam que “aspectos duros”, os assim chamados como; semi-quadraturas, quadraturas, sesqui-quadraturas, quincúncios, oposições , etc, sejam maléficos ou negativos.
Aprendam com a corrente alemã de Reinhold Ebertin, dentro da metodologia pregada pela Cosmobiologia, que usa Zodíacos de 90 graus ao invés dos de 360, sem signos, a verdade sobre os efeitos benéficos destes aspectos astrológicos.
Astrologia requer conhecimentos profundos em diversas áreas, além de muito tempo, para pesquisas e prática, não é coisa para “cursinhos”, mas sim décadas de observações e comparações estatísticas.
Requer, sobretudo, extrema ética e desenvolvimento espiritual de quem a pratique, pois, uma vez conhecidos os dados de alguém, passamos a saber de cada emoção, sentimentos, chances ou perigos, podendo usar estas informações até mesmo para ajudarmos a destruir um adversário, num momento específico, onde ele estará sem defesas e astrologicamente fragilizado .
Na Segunda Grande Guerra Mundial, tanto o gabinete britânico, quanto o alemão tinham sua assessoria especial astrológica .
Hitler desconfiou do seu astrólogo, mandou prendê-lo e perdeu a guerra.
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Links:

http://www.astrologie.com.br/Precessao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Precess%C3%A3o_dos_equin%C3%B3cios
http://www.zenite.nu/tema/