A ESTRANHA MATEMÁTICA DE A FAZENDA
A matemática possui não apenas a verdade, mas também uma precisão fria e
austera.
Na eliminação de Sheila com 65% dos votos na última roça, isso foi
desafiado. Por detrás das porteiras de A Fazenda já há algum tempo que 2 mais 2
não totaliza quatro. Talvez 22, mas não quatro.
Dessa vez, a última votação afrontou todas as enquetes e pesquisas que
davam, sem exceção, empate técnico entre Sheila e Bárbara. A sorte estava lançada,
o resultado final poderia pender tanto para um lado quanto para o outro, o que
nos últimos dias acirrou as especulações nas redes sociais e blogs sobre quem
seria a eliminada da vez. Tudo indicava não haver um favoritismo
pré-estabelecido, aliás, em se tratando do quesito preferência, nesta edição o
que tem aumentado de semana a semana é o índice de rejeição, conforme apontam
as recentes pesquisas, o que a esta altura do jogo não deixa de impressionar a
analistas e entendidos em realities.
Mas dentre o inexplicável, como entender o índice de 65% que tirou
Sheila do jogo, sendo que esta não tinha um índice de rejeição elevado e conta
com uma torcida expressiva aqui fora, além da torcida de Denise, que fez bonito
na votação anterior?
Diante do subjetivo a matemática sempre forneceu conexões para tecer a
trama e entender a empatia dos participantes junto ao público. Isso se quebrou
na última votação.
A primeira pergunta que não quer calar é: “O que causou um resultado tão
disparatado?”. A outra pergunta é: “Mudaram as preferências?”.
Tentemos responder a essas perguntas. Pensemos: nos últimos dias houve
algum fato que pudesse interferir na vontade do público?
Aparentemente o que se viu lá dentro foi mais do mesmo. A não ser o
desabafo de Sheila com Gominho queixando-se do comportamento excêntrico de
Denise, que a edição maldosamente editou de véspera. O que convenhamos,
desabafo não de todo infundado. Denise em sua estratégia de atacar e promover a
rejeição daqueles que a rejeitam, acaba estressando e sugando a energia de quem
a acolhe e dela se aproxima. O jogo começa e termina nessa oposição e tensão
entre Denise x Os Outros. Um jogo bipolar em torno do qual todos gravitam.
Fato.
O público teria visto com maus olhos esse único momento de descontrole
de Sheila?
Talvez. Mas não creio que esse fosse motivo bastante para transformar um
empate técnico em rejeição, capaz de eliminá-la com quase o mesmo índice de Ivo
Meirelles, o grande rejeitado pelo público e tido como vilão desta edição,
eliminado com 67% dos votos.
Monique Evans teria mobilizado algum esquema de votação aqui fora com
iMacros e Call Centers, nos mesmos moldes de Viviane Araújo?
Tudo indica que o caminho tenha sido esse. Mas teria esse esquema força
suficiente para reverter tanto assim o que estava nas pesquisas? A única possibilidade seria que quem votou no
R7, não tenha dado um único votinho nas pesquisas e enquetes. Seria possível?
Seria apenas para uma pequena parcela dos votantes, mas pouco provável para a
grande maioria. Hoje quem vota, tem verdadeira devoção por enquetes e
estatísticas, quer colocar o seu escolhido no topo seja em pesquisa para eleger
quem é o mais simpático, o mais engraçado, o mais bonito.... a quem deve ser
capa da revista Contigo ou permanecer no jogo. Isso com o objetivo de afirmar e
reafirmar que o seu eleito é o grande campeão e vitorioso. As estatísticas
preliminares que antecedem as votações são, portanto, o que dão a ideia de
credibilidade, chancelam e confirmam que a vitória foi merecida e que a
apuração foi justa.
Repete-se: O que causou resultado tão disparatado? Talvez a soma desses
fatores? A lógica da matemática, diz que não. A emissora fraudou os resultados?
Em havendo auditoria por meio de empresa idônea, também vejo isso como pouco
provável.
Talvez a explicação esteja na estranha matemática de A Fazenda onde 2
mais 2 não é quatro, e sim 22. Eles tem um esquema próprio de apuração, essa é
a única explicação possível. Ficou bem claro quando Brito Jr. ao encerrar a
apuração afirmou que esta última votação, Bárbara x Sheila, foi a maior e a
mais expressiva de todas as edições. Cof... cof... Como isso seria possível se
é público e notório que esta é a edição com menor índice de audiência? Terá
sido capaz de bater o aguerrido embate entre Nicole x Viviane? Honestamente,
creio que não. Só me convenceria do contrário se o número de votos fosse
divulgado. Aliás, não entendo até hoje por que não o fazem. É preciso ter
transparência Carelli, afinal 2 mais 2 não é 22.
Aguardemos as próximas enquetes, pesquisas, estatísticas..... e
apurações.
Shadow