sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

"Caminho das Índias". (Mapa e análise)




A milenar Astrologia da Índia,é totalmente diferente da popular e errada conhecida por todos. Ela é sideralista, pois segue unicamente os dados astronômicos observáveis em qualquer telescópio, portanto, as verdadeiras posições dos planetas e constelações, que mudaram nos últimos 2000 anos, em virtude do fenômeno da “precessão dos equinócios”, do mesmo modo que a Astrologia Sideralista ocidental que utilizo em minhas análises.
Observem a presença em quase todos os capítulos do papel da Astrologia como guia de todas as decisões importantes dos indianos, inclusive casamentos.

Esta novela; “Caminho das Índias” tem um mapa melhor do que o da “A Favorita”, que amargou maus períodos de baixíssima audiência e teve de trocar tudo no meio, causando erros injustificáveis para uma emissora líder neste ramo.
Notem que o planeta Netuno está exatamente em oposição ao Ascendente na hora da estréia.
Alguns interpretariam como negativa esta influência, segundo antigos critérios e crenças popularescas, adotados pela maioria dos “astrólogos” de plantão, que insistem em usar dados astronômicos errados.
Netuno reflete o lado “místico” e “mágico” da Índia e seus costumes, bem como a religiosidade e beleza de sua música espiritualmente inspirada.
A novela terá alguns altos baixos, porém, em termos gerais, os aspectos são favoráveis ao sucesso, caso a “Plim-Plim” se restrinja ao tema principal e não avacalhe a trama inserindo muitos elementos culturais brasileiros, tais como bares, samba e inclusão social, muito ao gosto da produção global e seu eterno discurso “politicamente correto”, pois Índia é Índia e ponto final. Pretender questionar valores, tradições e costumes milenares de uma terra rica em história e sabedoria é coisa de megalomania “tupiniquim”.
O que Globo está mostrando como uma situação impeditiva ao casamento dos protagonistas principais, motivada pelo que denominamos “preconceito”, não cabe dentro dos moldes em que a civilização indiana se estruturou. São regras milenares que mantém aquela sociedade em paz interna, com baixos índices de criminalidade, separações e lutas de classes sociais.
Um país superpopuloso como a Índia não sobreviveria sem estas regras e rígida organização social em estratos distintos, ditada pela sabedoria de seus antepassados, não por ideologias políticas.
Índia não é África. Não misturem as bolas inserindo problemas sociais nossos numa realidade totalmente diferente.
A oposição da conjunção Urano=Vênus ao planeta Saturno, indica este confronto entre conceitos mais “liberais” e tradições arraigadas, principalmente no que se refere a uma independência feminina. Talvez até haja inserções de novas atrizes jovens durante a novela, por razões de audiência.
Esta oposição Saturno-Urano, representa o conflito entre o novo e o antigo, a liberdade e a restrição, libertação X manutenção, revolução X conservadorismo e tradição. Portanto, este será o eixo principal da novela. O confronto entre dois pólos em virtude das rígidas regras sociais.
Qualquer tentativa de fugir ao elemento místico original indiano trará problemas para a produção. Não há razão para misturar um ambiente tipicamente carioca com a realidade da Índia. O público deseja ver coisas exóticas, estranhas, belas, diferentes das de seu cotidiano. A produção da grande mídia se limita aos cenários culturais cariocas e baianos, transformando novelas em discursos chatos sobre “inclusão”. O ranço político entranhado nas direções de nossas emissoras restringe e deturpa a criação artística e literária.
Logo as cenas gravadas na Índia desaparecerão, dando lugar ao rame-rame brasileiro dos cenários montados no PROJAC.
Esta estranha substituição caríssima com construção de palácios e hotéis aqui nos estúdios não se justifica perante o que gastariam na Índia, onde nem mesmo necessidade de grande equipe haveria, pois eles já superam Hollywood em quantidade de produções cinematográficas.
Netuno cobrará da produção, pois “mística” não é o mesmo que “mistificação”.
Há o perigo de perderem o fio da meada e a novela virar uma confusão indigerível. Em fevereiro e março deverão ocorrer os primeiros problemas que afetariam a audiência, quando Saturno em retrogradação aspectar o Sol e Júpiter do mapa astrológico da estréia.
Lembram da novela “O Clone”, quando o público exigiu mais músicas, danças e costumes árabes (viraram moda e febre nas discotecas) e tiveram de gravar mais cenas mostrando as atividades locais?
Pois é, quando chegamos cansados do trabalho, queremos ver a beleza, o desconhecido, o que atrai nossos olhos, a fantasia idílica, tudo isto representado por Netuno, que governa o nosso “astral” e percepção sonora-visual. Não nos interessa a nossa triste realidade e os mesmo rostos que vemos nas ruas.
Televisão é o “sonho”, magia, arte de nos fazer “viajar” em projeções do nosso “Eu” vividas pelos personagens.
Fui criticado num dos comentários por ter dito que “A Índia Está Certa” .
Confundem, por desconhecimento, o papel real da mulher indiana, com subserviência e servidão. Há mais indianas formadas em cursos universitários do que brasileiras. Há mais gênios, cientistas e literatos dos que os brasileiros. A diferença é que as mulheres indianas se respeitam e são respeitadas, enquanto, infelizmente, as brasileiras são taxadas de “prostitutas” no exterior e não sem razão. As indianas não se desnudam nem esfregam suas bundas nas caras dos turistas, sua dança expressa a beleza e feminilidade, não a humilhante “cachorrice funk” favelada.
Toda esta “aura mística” e sensitiva de Netuno, característica da Índia, deverá ser explorada ao máximo, caso a “Plim-Plim” deseje manter uma boa média de audiência, do contrário, resvalará para a mesmice urbana caricata e discursos “politicamente corretos”.