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http://blogs.abril.com.br/antenaparabolica/2010/06/globo-comemora-audiencia-escrito-nas-estrelas.html
Esta novela num horário difícil, consegue empatar e até superar "Passione", que amarga índices inferiores a anterior "Viver a vida" e a tão badalada "Ti-Ti-Ti".
Quais as razões deste sucesso?
Simples.
Estereótipos bem marcados e distintos, onde vilões são vilões, mocinha e mocinho também, apesar de "nuances" que "humanizam" os personagens.
Mas qual a verdadeira explicação?
Mais simples ainda.
Um galã com cara e atitudes de homem, heterossexual, maduro, educado e atencioso.
Uma "mocinha" sofrida, com atmosfera "virginal" e romântica.
Querem mais?
Por que seria?
Estamos cansados de assistir tentativas de inversão de valores nas novelas, quase sempre seguindo uma linha de "condicionamento psicológico subliminar", que visa afrouxar resistências e impingir novos padrões de comportamento. Esta é a linha de pensamento da cúpula global, com sua política de inclusão, quebra de tabus e preconceitos.
Ocorre que o ser humano não é rato de cobaia e reage, conforme seus princípios e preferências.
Certas imagens e referências que temos sobre o que é ou não é, segundo nossos parâmetros pessoais,pesam muito em nossas opções e gostos.
Apreciamos e temos "Empatia" pelo que nos toca mais a fundo, sem que manipulações televisivas norteiem estas escolhas.
Muito pelo contrário, por vezes reagimos de modo oposto, não dando atenção a determinadas novelas ou seriados porque não satisfazem nossas expectativas interiores.
Vivemos uma época em que os jovens não são exatamente o que temos em lembrança do filme "Lagôa azul", puros, inocentes e românticos. Muito diferente disso, são imaturos, irresponsáveis, promíscuos e sem nenhum limite comportamental. Portanto, não cabe mais a premissa que certas mães defendem, de que preferem que suas filhas se iniciem sexualmente com os de sua idade, pois, assim pensando, estarão colocando em risco até mesmo a saúde de suas "donzelinhas", ante tantas doenças sexualmente transmissíveis e irresponsabilidade de jovens imaturos coleguinhas de escola, quando não, de meliantes infiltrados, traficantes e outros elementos indesejáveis, porém, muito próximos de nossos filhos, pela permissividade aparentemente "democrática" sem preconceitos, bem ao gosto de uma pretensa igualdade social.
Sem querer abrir outro campo de discussão,apenas constatando certas evidências sociológicas e antropológicas, o macho deveria ter uma boa diferença de idade em relação a sua fêmea, por diversos motivos.
1-O fato da mulher envelhecer mais rapidamente e não poder ter filhos após a menopausa.
2-O trato mais aprimorado e experiente dos mais "maduros" em relação à suas companheiras, como bem demonstra o presonagem Ricardo na novela, embora nem sempre esta seja a regra e haja exceções.
3-A estabilidade emocional de uma mulher ainda jovem, sujeita aos altos e baixos da imaturidade juvenil de seu parceiro.
4-A segurança só existente em quem já se realizou na vida.
Estes parâmetros, por si só, já definiriam as causas do sucesso desta novela, porque certamente, milhões de adolescentes e mulheres já maduras estarão se embevecendo diante das cenas românticas de "Escrito nas Estrelas", pela verdadeira expressão de um amor puro e eterno, vindo de outras vidas e juras de amor entre o que denominam (embora eu não concorde com a versão mais conhecida deste fenômeno) "almas gêmeas.
Não há "bichices" nem futilidades em excesso na novela.
Apenas a força de uma expectativa do "Gran Finale", que já aconteceu durante o passeio e não se extinguirá jamais, pois o Ricardo não culpará Viviane, em vista dela ter tentado confessar por diversas vezes sua situação.
Tudo bem "redondinho", bem tramado, roteiro fechadinho e linear, sem alterações por razões de audiência, sem concessões nem pressões, nada de "esticarem" os capítulos uma novela muitíssimo bem escrita por uma "MULHER" heterossexual e toda a sua sensibilidade feminina, recompensada pela imediata e fiel aceitação popular.
Um tema que atrai e instiga, qual seja o Espiritismo, o Esoterismo e o mistério, que nos fazem acreditar em nossas esperanças e desejos mais profundos.
O desejo natural de amar e sermos amados, do modo mais natural e simples possível.
Sem a degradação moral e ética de nossos tempos e realidade bizarra que nos cerca.
Um "sonho possível".