Estão acompanhando as olimpíadas? Já escolheram um país para torcerem? Qual? O Brasil? Assim nem dá para começar. Um país-continente, um dos 4 maiores em extensão no mundo, com quase 200 milhões de habitantes e nada de resultados, depois de duas décadas de intenso esforço e patrocínio de grandes empresas, inclusive as estatais, não conseguirmos nadica de nada, pior do que em anos anteriores? O que explicaria estes pífios resultados? Algum fator psicológico? Desequilíbrio emocional? Baixa auto-estima? O que?
Nas últimas olimpíadas, embora sempre entre os últimos na classificação, tivemos melhor “performance”, com menos patrocínios e apoio do governo e empresas.
Como decifrar este “enigma”?
Não seria por índices populacionais, por certo, pois a Índia e Paquistão sequer aparecem entre os primeiros colocados.
Talvez o regime político?
Sim, em parte, pois os regimes comunistas, como o da antiga União Soviética e agora este “híbrido”, capitalista-comunista chinês, sempre se preocuparam com a propaganda da superioridade de seus sistemas de governo, capazes de serem expressadas através dos esportes de competição, porque as competições, na realidade, são um substituto da guerra.
Quais os estímulos superiores, que fazem jovens escolherem e se dedicarem tanto a estas atividades esportivas?
Nos regimes comunistas, qualquer vitória e maior destaque significa a obtenção de benesses pessoais para o atleta e sua família, como melhor casa, talvez um automóvel e salário do Estado.
Nos regimes capitalistas, há as bolsas estudantís, para as melhores universidades pagas, garantindo a quem nunca jamais poderia se formar, um “status” superior.
Em países como o nosso,que ainda não se definiu, se capitalista, socialista moderado ou comunista, qual seria o estímulo?
Quando alguém se destaca e consegue algum patrocínio de empresas privadas ou estatais, geralmente se acomoda com os salários, mesmo que ainda mantenha a vontade de competir e vencer. Porém, de certa forma, nas mentes destes atletas, algum fator extra, os impede de avaliar a sua situação atual perante seus adversários e talvez exista uma tendência atávica, genética, a não se sentirem, na realidade, “vencedores”, quando diante de outros competidores estrangeiros.
Sempre que posso, acompanho as provas, apesar de minhas atividades esportivas terem ficado num passado longínquo da juventude, quando competia em diversas modalidades, como a natação, judô, pólo aquático, etc.
Ontem fiquei muito preocupado, com as expressões de nossas atletas de ginástica.
Pareciam “futuros pais” angustiados, na sala de espera de maternidades, com aqueles olhares inseguros , temerosos e sofridos. Nenhuma delas tentou os exercícios mais difíceis, que treinaram e, que poderiam tê-las garantido uma colocação mais significativa do que a última.
Todas as demais equipes mais fortes, tentaram estes exercícios de maior dificuldade, para obterem notas superiores, apesar de alguns erros, logo superados por outras conquistas em provas.
Até a nossa seleção masculina de voley demonstrou estar totalmente desequilibrada, apesar de ser constituída de homens de origem média ou abastada, bom nível cultural e fortes vínculos familiares, valores , princípios morais, etc, como é comum em elementos provenientes da classe média do interior, especialmente de São Paulo.
O que causou esta “derrapada geral”? Apenas a constatação de que não eram mais os maiores e imbatíveis, após alguns resultados negativos antes das olimpíadas.
Coisa meio boba, não?
Mas não foi somente isto.
Tudo começou com a crise entre o treinador e um grande jogador que foi expulso da delegação, amado por todos, depois por outras discussões internas, envolvendo este mesmo treinador que gosta de dizer; “aqui quem manda sou eu”.
Portanto, fora do foco das câmeras globais, “algo de podre no reino da Dinamarca está acontecendo lá , entre os jogadores e técnico, que poderá comprometer sem remédio a campanha da equipe nesta olimpíada.
Nossos “judocas”, campeões mundiais e olímpicos, tiveram derrotas inesperadas. Cavaleiros e seus cavalos foram desclassificados na hípica.
Os atiradores brasileiros acertaram nas "pequenas bundimhas asiáticas".
Nossos nadadores, ficaram resumidos a tentarem disputar uma medalha de bronze , mas raros se classificaram, somente dois. Só nos resta assistirmos nossos tetracampeões de vela naufragarem também.
Nada mais temos para torcer, a não ser escolhermos algum país estrangeiro e começarmos a decorar o hino.
Oppss! Esqueci o Galvão Bueno e a "Plim-Plim", que só mostra os aspectos favoráveis e "doura a pílula" dizendo que o nosso ciclista, que chegou em último, está se sentindo um "vencedor" pois dias antes teve uma crise de rins...
"Que bonitinho" aquele(a)atleta ter conseguido chegar a disputar alguma coisa...rsrsrs.
Não existe "mala" maior do que o Galvão Bueno, que é sério concorrente para o troféu "Jegue do ano", disputando com o nosso "gremlin falastrão bebum" no desgoverno federal do país, o troféu .