"Ser ou não ser..."

Não sei bem o que acontece, mas a única explicação seria a frase; ”eu quero viver”.
A vida ensina a quem quiser aprender e, somente através de sacrifícios e desafios, podemos assimilar estes ensinamentos gratuitos , por vezes, muito dolorosos.

Testemunhando a “atmosfera” do ambiente em que meus pais agora se encontram, verifiquei muita ausência afetiva dos familiares , porém, extrema, carinhosa e dedicada atenção dos profissionais que os atendem, cuidam e tratam, coisa mesmo bem natural, espontânea e de carinho .
Quem são os parentes ou filhos, daqueles de lá, praticamente abandonados aos cuidados 5 estrelas ou próximo a isto?
Por eu estar todos os dias presente com eles, chamei a atenção de todos e até as enfermeiras e cuidadoras elogiaram meu comportamento perante meus pais, como se isso fosse algo estranho e inimaginável, o fato de um filho não abandonar em presença seus pais.
Tudo bem que eu não tenha pedido para nascer, eles transaram e eu estou aqui, mas também devo admitir que caguei e urinei bastante, trocaram minhas fraldas, fiz um monte de “M”, perguntei tudo, até explodir a paciência deles, engatinhei, mexi em tudo, quebrei coisas que nem um maluco, etc, até poder raciocinar mais normalmente e poder me conduzir na vida. Rsrsrs.
Agora é a minha vez de cuidar deles, como se fossem meus novos filhos!
É isso ai e sem fugas!
Sem chances!
Verbalizar o “aprender” é aceitar os ensinamentos da vida, cada qual com sua destinação e necessidade.
Não existe “vida” sem ensinamentos, existem pessoas que, simplesmente, são “repetentes” de classe e escola, por não conseguirem assimilar o que recebem em informações , vivências e emoções.
Elas existem sim!
Só vivem para si e para o seu “Ego”!
São refratárias a qualquer vínculo emocional ou gratidão de vida. São uma espécie de “mutantes”, não humanos em sensibilidade.
Observar a vida e o cotidiano, daqueles idosos, que até transferiram móveis e equipamentos de suas casas e apartamentos, para uma suite, numa casa de repouso ou clínica-hotel, pode parecer meio bizarro e instigante, mas é a nossa realidade.
A realidade sempre é crua e nua, não concede espaço para contemporizações, nem argumentos intelectuais.
Depois de passar por cenas e experiências dramáticas, aqui no apartamento de meus pais , antes de conseguir interná-los, comecei a me imaginar em igual ou semelhante situação, já que não tenho mais ninguém para cuidar de mim, caso fique doente ou inválido.
Claro que consegui até fazer piadas, como ; “só perceberão que eu morri pelo cheiro e meus 16 cães já terão me comido evitando a despesa da cremação”. KKK!
Assim é a vida e devemos entender que, nem tudo é obra ou culpa nossa, nesta vivência, para quem acredita em vidas passadas ou reencarnação. Para quem não acredita, não restará mais nada, a não ser a total dúvida sobre tudo e ausência absoluta após a morte.
Questão de escolha, no que acreditar ou não.
Aquelas faces contritas e afásicas de sofrimento, abandono e solidão, embora cuidados em afetos e carinhos, nos corredores, apesar de outros internados , bem mais jovens e até estrangeiros, passaram pela minha mente como um filme do mestre FELLINI, das décadas de 60 e 70.
De repente, me vi como numa Roma antiga, digna dos filmes “Satyricom” ou “Calígula”!
Algo mesmo muito bizarro e carente de uma exploração psicológica a fundo.
Conversei com a “psicóloga” de plantão, mas logo percebi que ela teria de viver duas vezes ,para poder aprender o que eu já estudei e aprendi sobre Psicanálise e Psicologia. Tudo bem...ninguém é perfeito. Levei e paguei por fora um Psiquiatra perito legal para fazer um teste em meu pai. Mas nem nele confiei muito, porque usei uns termos mais atuais em Psicanálise e ele usou os deles, em retribuição indesejada e não adequada ao que o indaguei.
Afinal , o Rio foi escolhido para ser a sede de uma olimpíada e de uma copa do mundo!
Depois disso tudo é piada!
Até psiquiatras de plantão!
Ou melhor estariam se internados? KKKK!
Como vocês me avaliam?

1-Próximo de uma “catarse” e convulsão catrastrófica, para um estado letárgico e vegetal
2-Para uma depressão desequilibrante que necessite de alopáticos fortes e prescritos?
3-Meio numa “psicose” momentânea, causada por experiências traumáticas e vivências?
4- Ou eu sou um gozador, um corôa maluco?

Rio, sede do que?
KKKK!
2012 está chegando!

“Enlouquecidos” ou não, teremos de morrer!
KKK!