Mais uma fraude?

Detesto novelas, mas sou obrigado a, quando posso, observá-las,(como podem ver pela minha foto, que fico de costas para a TV, apenas me virando quando ouço algo que me interesse) somente as da “Plim-Plim” e já é muito, para ver se existem “manipulações psicológicas" de cunho ideológico ou fraudes nas edições de imagens, mudando cenas anteriormente mostradas, como ocorreu na recente novela “Paraíso Tropical”, em que reeditaram a cena em que a gêmea abre a porta e diz; “você ?” Sem tensão alguma e se vira andando naturalmente, depois mudada em regravação, mais surpresa e emocional de espanto, para incriminar o tal Olavo. Além desta alteração, inventaram cenas e fatos nunca antes mostrados em capítulos, para justificarem o desfecho da trama novelesca.
Considero isto um crime contra os consumidores, pois telespectadores são consumidores e a Rede Globo é uma empresa que funciona por concessão pública, podendo, a qualquer momento ser suspensa e extinta.
Nesta nova novela; “Duas Caras”, percebi que o autor e a produção estão armando o mesmo esquema de tramóia e fraude, para terem várias opções sobre quem atirou em Juvenal Antena.
Primeiro mostraram o tal filme produzido ao vivo, mostrando o Evilásio pegando uma pistola “Glock” cinza, talvez 9mm, em atitude e olhar estranhos, olhando para ver se alguém o observava , pensando, com uma feição um tanto “malévola”, em “close”.
Depois mostraram da janela de uma casa, alguém atirando com a mesmíssima pistola. São mãos negras, a mão direita tem uma pulseirinha de contas brancas com uma cruz pendurada, portanto, o suspeito seria um negro e jamais o sempre “antenado” Juvenal perderia tempo, investigando brancos ou pardos. Qual a razão de duvidar de todos, se as imagens estão ali, na sua frente e disponíveis? Agora a produção "inventou" uma cena que ninguém viu. Um homem de terno branco saindo da casa correndo e era branco, só para "criar" uma hipótese de ter sido o marido da Alzira. Erro gravíssimo da produção, ou mais uma fraude, à ser levada até o final da novela contando com a desatenção do grande público ?
Haveria motivo para que algum negro como o Evilásio quisesse matar o Juvenal?
Sim, haveria, por diversas razões psicológicas e mudanças de modo de pensar, segundo o próprio Evilásio, que mudou seu discurso e moral, passando de um simples cobrador de propinas obrigatórias a moralista defensor de direitos dos pobres, com claras intenções de ascender ao poder, como as imagens de vários capítulos demonstraram, sobre sua “transformação ideológica” , forjada pelo autor da novela para dar a ele um perfil idealista e ideológico socialista, mais “palatável” à classe média abastada, capaz de justificar o que a “Patricinha” viu nele, além da atração sexual e paixão.
Antes não passava de um “pau mandado”, capanga, subserviente e sem moral, que não tinha nem documentos corretos de veículos, sem emprego formal, nem se explica a sua suposta “cultura”, manifestada naquele jantar onde foi racial e socialmente ofendido pelo advogado e eventual “sogro”.
Até ai tudo bem, pois foi um episódio cruel e chocante.
Porém, de repente, ele se transforma e quer dar lição de moral em seu “padrinho”; Juvenal, protetor e patrão, um autoritário, arrogante e prepotente, ditador de favela, que não aceita desobediência.
Antes, o Evilásio peitava e ameaçava até com violência em suas “cobranças” os devedores, agora parece um “passarinho” ferido em seus sentimentos, por ter sido rejeitado e abandonado pelas mãos de quem o alimentava.
Ora meu Deus!
Arranjem um atirador com mãos negras e pulseirinha branca, seja ele o Evilásio ou outro qualquer, mas arranjem, ou tentarei conseguir de alguém, que costume gravar os capítulos, as cenas mostradas, para denunciar publicamente aqui e em outros blogs e sites, esta manipulação e possível tentativa de fraude contra o telespectador.
Peço a quem tenha as imagens gravadas, que testemunhe o que viu naquele capítulo, onde o Juvenal assiste o filme com a comunidade e manda parar naquela cena, porém, muito rapidamente, se levanta e já começa a esbravejar contra tudo e todos,recurso da produção como os de um "mágico" para distrair a atenção dos telespectadores, fazendo que estes não fixassem a visão na cena mostrada e "congelada" a pedido do "ditador" enraivecido.
Para mim, por enquanto, não há outra impressão, a não ser a de tentativa de fraude e armação.