sábado, 10 de julho de 2010

Caso Bruno. "Queima de arquivo" ou crime passional?

Não gosto de prejulgar, apenas posso tentar deduzir, e tirar minhas conclusões pelo que todos têm de informação pela grande mídia.
Assim como fiz logo no início das investigações dos casos; Madeleine e Isabela, faço agora, no intuito de buscar algum elo de ligação entre tantos fatos aparentemente tão estranhos e inacreditáveis, produto de uma simples pretensão de reconhecimento de paternidade.
Bruno, antes de se tornar conhecido, foi goleiro de um time de presídio em Minas.
Ora...por que?
Depois de famoso, formou uma espécie de "gang" de agregados economicamente dependentes, com ligações, no mínimo, muito suspeitas, com meliantes e traficantes, além de policiais vinculados a grupos de extermínio da Polícia Civil de MG, a mesma responsável por sua prisão e inquérito policial.
Estranho, não?
Alguns chegaram a criticar as atitudes dos delegados responsáveis pelo "estrelismo" de terem anunciado antecipadamente informações que, pelo procedimento legal, seriam sigilosas, até o encerramento do inquérito. Se não sabem, certas atitudes ou infrações ao trâmite legal, seja por prazos, formas de agir nas diligências, deduções precipitadas ou divulgação do conteúdo dos autos durante o inquérito, podem motivar e fundamentar um pedido de nulidade do processo em fase policial.
Teria sido proposital a atitude dos delegados, para permitirem posterior defesa dos acusados, visando a nulidade dos atos, para protegerem certos "grupos" de policiais de elite, envolvidos com extermínio, terrenos de desova de carros, "containers" usados como celas e "stands" de tiro?
Eliza , segundo vídeos na Internet e fatos divulgados pela mídia, fez filmes pornográficos e era uma "prostituta" (não aceito eufemismos como "garota de programa).
Por certo, sabia muitos mais do imaginamos, por estar dentro do "mundo e realidade do crime organizado", das orgias sexuais, quem sabe, regadas a drogas fornecidas pelos mesmos traficantes envolvidos no assassinato e ocultação do cadáver dela?
O que teria ela ameaçado ou dito, quando se viu em situação de perigo e medo?
Denunciar sobre tudo que sabia a respeito de Bruno, sua família, agregados, comparsas de orgias, traficantes fornecedores, outros jogadores famosos?
Os depoimentos até agora têm demonstrado contradições, apesar da afirmação do delegado, de que as provas seriam cabais e irrefutáveis.
O menor citou um elemento alto e negro como assassino de Eliza, enquanto nada disso pudemos ver, conforme a aparência do tal policial adestrador de cães e possuidor do terreno cedido à polícia para treinamento e sei lá mais o que.
Como já disse, teria sido indispensável a verificação dos intestinos de, pelo menos um ou dois cães, os "alfas" dominantes, que sempre comem primeiro que os outros, para a averiguação de resíduos de carne humana e fragmentos de ossos agarrados às paredes intestinais. Do contrário, talvez este corpo, ou restos dele, jamais será encontrado e não haverá prova material do crime, pois, logo após ter lançado uma das mãos de Eliza aos cães, o suposto criminoso carregou um saco e mandou que todos se retirassem, talvez para então triturar os ossos e crâneo, com marteladas e misturá-los à ração animal como "complemento".
Qual a razão de tantas idas e vindas a tantos locais e casas por parte da esposa do Bruno levando a criança para ser abrigada por estranhos durante os dias em que Eliza estava sendo agredida e torturada no sítio?
Não conseguiu quem o abrigasse, por causa do início das notícias veiculadas na mídia?
Que conversa é esta do menor que disse que ela dormiu com o filho num quarto separado, enquanto estava com ele o tal do "macarrão" , o mesmo que ensandecido chutou-a depois de já morta?
Não teriam se aproveitado dela , estuprado e se divertido, antes de a levarem no dia seguinte ao sítio de Bruno?
Afinal, um homem que tatua nas costas uma declaração de amor e amizade eternos, ao seu "amigo", alguma coisa de demência ou psicopatologia deve ter, no mínimo ser homossessexual apaixonado enrustido ou meio "retardado mental".
Quantos jogadores e cantores de pagode ultimamente estiveram envolvidos com traficantes em casos policiais?
Quem vocês pensam que controla a alta prostituição e orgias patrocinadas por políticos de Brasília e atletas milionários?
Se eu abrisse a boca sobre certos assuntos que tomei conhecimento durante minha vida profissional...mas comigo o negócio é mais complicado, pois, além de advogado, não sou ingênuo e sei como me defender, garantindo provas e fontes, longe do alcance de meliantes energúmenos, à disposição da mídia.
Eliza era tida como "prostituta"? Sim, mas foi a preferida por Bruno e , caso seja provado como verdade, lhe deu o único filho homem, além de ser mais jovem e bonita que sua esposa.
Era um ser humano e foi barbaramente torturada e assassinada!
Isto fornece um componente de intolerância e vingança a mais no contexto do crime, que talvez tenha precipitado as decisões estapafúrdias de Bruno, mas, ao mesmo tempo, levanta a dúvida sobre as razões que o levaram a ordenar que poupassem a vida do bebê, seu filho, sabendo que seria mais um obstáculo a ser resolvido.
Normalmente, um homem casado tenta impedir a gestação, mas nunca depois do nascimento, preferindo um acordo judicial do que, simplesmente matar a mãe de seu filho.
Portanto, apesar de tantos estapafurdiamente envolvidos, o que denota total desespero e ignorância por parte dos executores criminosos, depois da recente notícia sobre o local de propriedade do ex-policial executor, inclino-me a deduzir que , além de componentes passionais, ameaças à herança, invasão do "território" da esposa, também algo muito perigoso foi ameaçado de ser denunciado à mídia, por parte da Eliza, como as ligações com traficantes, orgias com drogas, envolvendo outros jogadores famosos, locais de "desova", cárcere e treinamento de grupos de extermínio da polícia e outros assuntos do crime organizado.
Eliza agora é "arquivo morto".

Continuem cultuando seus "ídolos pobrezinhos", despreparados para a fortuna e convivência com a riqueza.

18 comentários:

Sol disse...

Homero,

Não sou tão ingenua, mas sei, que não tenho alcance para imaginar todas os desvios e distorções deste meio,confesso, que ainda não me acostumei, com as mudanças exigidas pelo politicamente correto, em minha juventude, as mulheres eram divididas em duas categorias; as que eram para casar e as que não eram, a essas, chamavam de pi-ra-nhas, mas hoje, são modelos, modelos/atrizes, personais.

Solange

Homero Moutinho Filho disse...

Solange.

No futuro próximo, toda uma geração não poderá reclamar quando forem chamados de "FDPs" pois serão, indubitavelmente. Rsrsrs.

Sol disse...

Mas, voltando ao caso;

Também percebo várias brechas, principalmente, nos depoimentos das testemunhas até agora divulgados.


Eliza durante estes meses com certeza, procurou, perseguiu e fez ameaças, chegando inclusive a denunciá-lo por agressão e tentativa de aborto, isto, já é o suficiente para despertar a ira de alguém emocionalmente instável.

"Se" fosse uma questão de queima de arquivo, um tiro na calada da noite resolveria o problema e ninguém iria desconfiar de nada, não seria necessário, sequestrar, torturar, espancar, matar e desossar e principalmente, envolver tantas pessoas.

Foi uma "lambança" atrás da outra, praticada por alguém sem muita inteligencia.

Solange

Sol disse...

É porisso que os exames de DNA, agora não colhidos e feitos a toques de caixa, para dar conta da demanda.

Solange

Homero Moutinho Filho disse...

SOL.

Pense comigo.
Um "tiro na calada da noite" teria sido a solução, antes que ela ameaçasse, quando se viu frente a morte e tortura no carro e depois no sítio. Só então ela se deu conta e o ameaçou, pois pensava que ganharia o tal apartamento em BH para ela e seu filho. O Bruno não podertia mandar matá-la, enquanto ela reclamava na justiça a tentativa de forçarem o aborto.
Peguem as amigas de apartamento dela e terão todos os vínculos e elos desta trama , mas deem proteção judicial total para ambas.

Homero Moutinho Filho disse...

E eles não consentiram em fazer os exames de DNA. Viu?

Sol disse...

Pense comigo, Eliza e outras tantas,são mulheres desconhecidas que vivem de "alegrar" festas que só os convidados sabem onde e quando acontecerão,por aí, já podemos deduzir, que "role" de tudo e para que a fonte não seque é necessário manter segredo.

Quem citou primeiro o encontro numa orgia, foi o Bruno,dedurando inclusive o Paulo Victor (goleiro do Flamengo) e outros jogadores de futebol, numa entrevista para a revista Veja, o burro falou, que a camisinha estorou,quer dizer, se fosse verdade, caberia processo no fabricante, mas sabemos que não é.

Uma mulher "rodada" na banca, como costumavam dizer antigamente, não iria afirmar ser ele o pai da criança se não tivesse certeza e o fato de não ter fornecido material para o exame de DNA, por lei, já faz dele o pai.

Ainda acho, que ela se apaixonou por ele e quiz ter esta criança na esperança de "fisgá-lo",porisso, caiu na armadilha tão facilmente.

Solange

Homero Moutinho Filho disse...

O problema é que ele gostou de ter um filho homem mais clarinho de uma mulher mais jovem e gostosa e ai se ferrou de vez.
Coisas de "ascenção social" que todos conhecem e estão cansados de saber, ou o Pelé não teria lutado tanto contra o reconhecimento de sua filha parda, preferindo a sua esposa loura e mestiças.
É trágico, mas verdade e acontece a todo momento.

Sol disse...

Ainda acho, que nos planos de Bruno não cabia um filho, nem branco, pardo ou negro, ele só queria se divertir com Eliza e exibí-la como um troféu, penso, que alguns homens têm a fantasia de mostrar aos amigos, que é capaz de conquistar uma mulher/atriz pornô, até na malandragem, há as regras que não devem ser quebradas, somos um país machista, que não aceita uma mulher com um passado tão exposto, imagine, se ele aceitaria "casar", morar" ou assumir um filho, com uma mulher que já havia "corrido" meia banca, inclusive saindo com colegas de profissão?

Solange

Homero Moutinho Filho disse...

SOL.
Enquanto você sonha eu vou a fundo nos recalques e motivações mais profundas,rsrsrs.

Sol disse...

é , meu mundinho é um pouco mais colorido, ainda acho, que só salvou a criança porque teve um momento de lucidez e não por sentir amor ou compaixão,senão, não relutaria tanto em assumí-lo como filho, até na loucura existe limites.

A postura dele, desde que foi preso, foi de desafio, em nenhum momento abaixou a cabeça, sabe que com o tempo e com um bom advogado, conseguirá se safar desta, mesmo arruinado financeiramente e profissionalmente, pelo menos, no "seu meio" torto e desvirtuado, mostrou que não aceita ser otário.

Solange

Homero Moutinho Filho disse...

Sol.
A consciência do poder é a tranquilidade frente aos valores gerais.

Sol disse...

Tudo está mudado, antigamente, poder e dinheiro eram duas coisas separadas, hoje quem tem dinheiro tem poder, mesmo não sabendo como usá-los.

Solange

Sol disse...

Homero,

O papo está ótimo, mas vou dormir, hoje acordei muito cedo e já estou caindo pelas tabelas.

boa noite e bons sonhos.
abs

Solange

luciana disse...

homero
mostrou agora na propaganda do fantastico
uma denuncia tipo assim o que ocorre em festa de jogadores dizendo sobre drogas prostituiçao
e outras coisas
na hora que vi lembrei de vc na hora com esse texto
batata
bjs

Homero Moutinho Filho disse...

Luciana.

Eu vi.
Tudo que digo a respeito deste assunto, conheço bem e sei sobre o que deduzi.Se a corda apertar, mais coisas podres virão à tona.

Sol disse...

Apesar de não aceitar certos comportamentos, sei que orgias, fazem parte da história da humanidade, Bruno, me lembrou de um filme horroroso sobre Calígula, o diretor preferiu "focar" a história, apenas nas demencias e nas aberrações sexuais do personagem, apesar de Bruno não ser um "imperador", o comportamento é, o mesmo, homens com poder, acreditam que podem tudo.

Depois desta reportagem no local onde morou ,fica provado, ele saiu da pobreza, mas a pobreza continuou "entranhada" nele, como pode? alguém que juntou com as mãos e espalhou tudo com os pés, acho louvável, que melhorando sua condição financeira tenha querido ajudar os amigos, mas cobrou muito caro a lealdade e pelo que vi, os familiares não tiveram o mesmo tratamento, tanto é, que um irmão é, gari, numa cidade do Piauí.

Quando estes "amigos" se derem conta, das acusações e do peso de cada condenação, começarão a abrir o bico tentando livrar cada um a sua pele, aí, findou-se o "amor verdadeiro".

Solange

Sol disse...

Ouvindo uma entrevista com um advogado criminalista, começo a achar que, a participação do ex policial é bem maior do que a divulgada, ele não seria apenas o "carrasco" mas também o "planejador" deste crime bárbaro, pois com um bom advogado, muito do que estamos ouvindo pode ser contestado.

Segundo este criminalista, "se não houver prova material (um corpo),há grandes chances, de Bruno e seu bando,escaparem de um juri popular,deixando ao critério de um juiz aceitar ou não as provas apresentadas pela promotoria.

Solange