segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A crise, os "bingos" e a "catástrofe"!

http://br.noticias.yahoo.com/s/23112008/25/economia-divida-brasileiro-ja-10-salarios.html

Durante meses vim alertando que os E.U.A enfrentariam a partir de agosto uma série de acontecimentos funestos, fossem eles de catástrofes naturais, políticas ou econômicas.
Desde então, furacões, enchentes devastadoras e uma “quebradeira” geral lá ocorreram, arrastando o mundo inteiro nesta onda de fatos negativos.
Enquanto nosso “presidente” alardeava que aqui os efeitos não seriam sentidos, que seria apenas uma “marola”, insisti em afirmar que sofreríamos diretamente o impacto da crise que se tornaria internacional.
Descrevi os setores que inicialmente seriam mais atingidos e os perigos da mesma crise de crédito alcançar até mesmo nossos estratos sociais mais pobres, pela irresponsabilidade de concessão de financiamentos para quem não teria condições financeiras.
Foi um longo período de “oba-ôba”, de empréstimos fáceis, inclusive os “compulsórios”, a serem descontados em folha, que englobaram também os aposentados.
O que vimos nas lojas foi um festival de consumo desenfreado, com pessoas humildes comprando eletrodomésticos, “emergentes” das classes C e D, comprando automóveis e imóveis, gente que sequer sabe calcular juros ou planejar suas despesas domésticas.
As conseqüências estão ai, refletidas no nível insuportável de endividamento e inadimplência, que nenhum subsídio governamental aos bancos e financiadoras poderá solucionar.
Muitos se verão desempregados, obrigados a devolverem o que compraram e quitarem prestações em atraso.O resgate de bens de produção no meio rural já é visível e trará prejuízos à produção agro-pecuária.
Máquinas restituídas aos bancos e credores, desemprego, redução de expectativas de exportação,etc.
O “sonho” acabou! Será muito duro para os que puderam melhorar um pouco seu padrão de vida, retornarem aos níveis, ou abaixo deles, que anteriormente desfrutavam de poder de consumo.
As classes B,C e D, serão as que sentirão mais rapidamente os efeitos., pois a E têm garantida a ajuda governamental do “bolsa-família”, cesta básica, etc.
Quando me perguntam até quando esta crise durará, sou obrigado a não alimentar esperanças e alertar que serão anos de restrições e nova realidade.
Isto afetará diretamente os índices de violência urbana, insegurança dos cidadãos e grande insatisfação, capazes de gerarem um quadro psicológico muito perigoso de “impotência” e frustração.
As reservas em “dólares podres” de nosso governo, não cobrem sequer ¼ de nossa dívida interna e compromissos externos.
Digo “dólares podres”,pois quando o mundo “cair na real” ao ver o montante de dólares que retornarão aos E.U.A, que se não forem absorvidos por depósitos e aplicações a longo prazo em letras do tesouro norte-americano, teremos uma ameaça de hiper-inflação, ao invés de recessão ou deflação na maior economia mundial, como expliquei em textos mais antigos desde o ano passado sobre a “M3” (montante em dólares em reservas de bancos internacionais, mais em moeda circulante e depósitos estratégicos para compromissos como a compra de petróleo), porque o governo “yankee” andou imprimindo mais papel moeda do que o seu lastro autorizaria soltar no mercado internacional.
A promessa de Barack Obama , ao dizer que “criaria mais de 2 milhões de empregos até 2011” só pode ser uma grotesca piada para enganar trouxas, pois, a cada ano, um país de mais de 300 milhões de habitantes, tem de criar uma demanda de, no mínimo, 3 milhões de empregos, conforme a sua taxa de natalidade e jovens entrando no mercado de trabalho.
Portanto, não acreditem em nenhuma notícia que alimente esperanças numa recuperação da Economia mundial, porque houve uma tremenda concentração de riqueza nas mãos de poucos que lucraram com a quebradeira, vendendo aos incautos e aplicando em investimentos mais sólidos e garantidos, embora nada atualmente possa ser considerado “seguro”., com governos em franca e aberta falência financeira como o dos E.U.A que têm dívidas de mais de 3 trilhões de dólares.
Sentirão os efeitos em suas “ceias de natal”, no preço da carne e alguns produtos que não serão mais exportados e os produtores querem compensar o prejuízo. Sentirão o aperto no crédito e nos financiamentos com maiores exigências, até de fiadores, para uma simples aquisição.
Os pátios da indústria automobilística continuarão lotados, com veículos expostos à depreciação pelo sol e chuva, má conservação, etc, embora isto não signifique que reduzirão os preços tabelados, porque mais da metade vai para o governo em impostos abusivos.
Agüentarão até onde possam suportar. Depois...só Deus sabe...pois o nosso governo não abrirá mão da pesada carga tributária, pois representaria um baque em seu poder de investir em planos assistencialistas que garantem dezenas de milhões de votos, como o “bolsa-família”.
A queda do preço do petróleo inviabilizou a exploração futura do “Pré-sal” pois está abaixo do custo de produção.
O preço da gasolina não cairá, porque a nossa Petrobrás é uma “mãe assistencialista de seus empregados , seus investimentos , fundo complementar de pensão e patrocínios artísticos para uma classe de vagabundos parasitas que se dizem de “esquerda”, mas não vivem sem “mamar nas tetas do governo”.
Esta mesma “esquerda burra” que se alojou no poder através da “camarilha sindicalista stalinista” da “petralha petista”, tem uma deficiência crônica de percepção da complexidade financeira mundial, como vemos nas reações da China e Rússia, incapazes de lidar com a quebradeira e colapso próximo de suas economias, porque priorizam “o sonho das massas”, mesmo que a custa da escravidão e servidão anti-democráticas de seus trabalhadores, sem nenhuma garantia trabalhista, ou mínimos direitos assegurados.
Notem que não falo em algumas centenas de milhões, falo de bilhões de pessoas sujeitas a um futuro tenebroso de sofrimento.
Assim como nas profecias bíblicas, caminhamos “hipnotizados” pela incerteza e ilusões criadas por nossos sistemas de governo, em meio a pestes, guerras, alterações climáticas e todo o tipo de tragédias ou mazelas, que poderão representar a médio prazo, um cenário inimaginável de desordem e caos total.
Segundo o “calendário maya”, 2012 será o fim deste ciclo humano.
Conforme as previsões mais realistas, pelo menos será uma "bela catástrofe" ...

4 comentários:

Sol disse...

Traduzindo...,estamos ferrados!!!

A maior dificuldade, é fazer com que as pessoas menos informadas pensem a respeito. Durante anos fomos induzidos a acreditar na reabilitação da classe média e na queda do índice de pobreza,até nos sensos da vida a pessoa é classificada pelos seus bens duráveis e de consumo.

Hoje em dia ter carro é status, mesmo que seja pago á perder de vista e, disso poucos abrem mão.Dificilmente voce encontrará alguém que se preocupe com, juros, impostos embutidos, tarifação etc etc e tal ,o sonho não tem preço.

Fomos despertados para o consumo a partir do momento que,nos deixamos influenciar pelos Estados Unidos e pela sua política do capitalismo selvagem agora, é sofrer as consequencias,não dizem que, quem dá o pão também dá o castigo?

Como escrevi antes, sinto o Apocalpise,violencia crescente,destruição em massa, por guerras, atentados ou pela fúria da natureza,filhos matam pais e vice-versa,crianças são sacrificadas para saciar a bestilidade adulta, falta de respeito em todos os níveis,e para culminar, o dinheiro aos poucos está sendo substituido pelo plástico com um número. Será o número da besta?

Solange

Sol disse...

Governo fará campanha publicitária para estimular o consumo

O governo brasileiro decidiu criar uma campanha publicitária a ser exibida a partir do dia 10 de dezembro para estimular os brasileiros a irem às compras. A ordem é garantir, em informes publicitários por duas semanas, que o temor sobre os impactos da crise não afete o ritmo de consumo no mercado interno.

Com o slogan "O mundo aprendeu a respeitar o Brasil, e o Brasil confia nos brasileiros", a campanha sofreu ajustes para que o discurso de fim de ano do governo se adéqüe às atuais dimensões da crise econômica.

"(Vamos passar a mensagem) de que deve se ter cuidado para que, por medo, você (consumidor) trave a economia, (...) para que o consumidor não ache que está se defendendo quando não está", explicou o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins.

Durma com um barulho desse!, e olha que eu até gostava de Franklin quando ainda era comentarista economico.

Que decepção! um tremendo engodo.

Solange

Homero Moutinho Filho disse...

Solange.

Total irresponsabilidade criminosa incentivar o povo a consumir num momento de crise mundial.

Sol disse...

O lucro dos bancos no Brasil superou o resultado de todos os outros setores da economia juntos no terceiro trimestre, segundo pesquisa da consultoria Economática. Os dados consideram apenas empresas de capital aberto.

E pelo andar da carruagem continuarão a lucrar cada vez, não é essa a intenção do governo incentivando o consumo?

Solange