"Vivre pour Vivre"

"Viver por Viver".
Era um fim de tarde, em meu sótão e a neve caia solta.
Nada muito espaçoso, apenas uns 20 metros quadrados, contando com a alcova fechada por cortinas , o pedaço reservado ao piano e nada mais .
Não havia cozinha nem dependências, somente “aquele quarto”, no local certo e momento certo, para eu ter vivido a maior experiência de minha vida em encarnação.
Alunas nobres , virgens , ricas e abastadas, da elite e nobreza, como seria de se esperar naquela época.
Houve uma “época”, sim, em que mulheres eram musas inspiradoras de grandes obras de arte e sinfonias.
Houve sim, sem “cachorras” e “funks”, sem “orientações sexuais” nem “politicamente correto”, mas, a humanidade conseguiu chegar ao apogeu e auge de cultura .
Cultura européia?
Claro que sim.
Depois de terem sido escravos , vítimas de pestes e guerras intermináveis, eles conseguiram afinal superar a tudo , ao contrário das demais culturas e etnias do mundo e nos dominam até hoje, pelos seus esforços , concentração, disciplina e capacidade de organização.
Portanto, algo de mais superior em relação a outras culturas eles tiveram e conseguiram superar a todos os obstáculos e tragédias coletivas.
Apesar de todas as matanças, imperialismos e colonialismos, devemos perceber que, ninguém jamais é escravo ou submisso, a não ser que se submeta e aceite esta situação de cultura vencida .
Quem nasce com o “Espírito” de importância perante o mundo jamais se submeterá a quem quer que seja, mesmo que submetido à morte!
Mas... voltemos ao meu quarto , onde as janelas mostravam a neve escorrendo , um piano à esquerda , algumas partituras incompletas e uma alcova cortinada à direita , perfaziam meu “ninho”.
Foi primeiro em Munique, depois em Paris , um espaço de duas vidas , pois semelhantes em termos de dedicação e amor pela música.
Antes, na "Renascença" foi pela pintura e escultura, entre os séculos XIV e XV.
Aquela praça com o chafariz central em Munique e muito além , uns 80 anos após, em Paris, naquele apartamento em subsolo , diante do Sena , próximo ao teatro de ópera de Paris, onde morou Chopin, foram o bastante para minhas convicções e experiências.
Mais ainda , naquela casa , uma “dacha”, residência aristocrática , da nobreza russa , à época de Pyotr Ilyich Tchaikovsky (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pyotr_Ilyich_Tchaikovsky), depois tomada pelos comunistas, para se servirem e colocarem seus dirigentes máximos do partido.
Existiu mesmo aquela viúva baronesa russa que financiou tudo.
As obras musicais, a hospedagem e um grande apreço e amor.
Sempre seremos os detentores do progresso espiritual e obras inigualáveis , não agora mais , pela degeneração total que une todas as etnias e raças, mas depois sim.
Após o caos , ainda conservaremos a sabedoria a Ciência e a Arte Maior!
Voltaremos para ensinar!