terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Avisamos!

Que haveria uma provável realização de lucros e conforme o aspecto Júpiter-Plutão, ganhos de poucos e falência de muitos. Não deu outra e temos este espetáculo de bancarrotas de bolsas mundiais.
A culpa não é nossa, é dos astros, rsss...

25 comentários:

msolangepereira disse...

Homero, hoje anunciaram que os americanos diminuiram as taxas de juros,penso que, os aspectos astrológicos não irão mudar e essa decisão não trará os resultados esperados.

Percebi que em algumas entrevistas internacionais evitavam falar em recessão e agora, esse cuidado já não existe, falam claramente.

Bush tomou algumas medidas economicas e políticas nem um pouco simpáticas ao longo desses anos,a suposta proteção de mercado americano foi uma delas, isso também não teria favorecido?

Talvez esteja pensando errado mas, me recordo que tivemos vários problemas para exportarmos, impostos altíssimos,mudanças de regras em cima da hora.
Solange

Anônimo disse...

22/01/2008 - 12h51
Investidores ignoram corte de juros do Fed e Bolsas em NY caem
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da Folha Online

As Bolsas americanas abriram em queda acentuada nesta terça-feira. Os investidores ainda não mostraram reação positiva à medida do Federal Reserve (Fed, o BC americano) anunciada hoje, de cortar sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual, para 3,50%.

Às 12h49 (em Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), da Bolsa de Valores de Nova York, estava em baixa de 2,51%, operando com 11.796,01 pontos, enquanto o S&P 500 caía 2,59%, para 1.290,92 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em baixa de 2,79%, com 2.274,80 pontos.

A decisão do Fed veio antes da reunião de política monetária do banco, programada para os dias 29 e 30 deste mês. O corte, mesmo tendo ficado em linha com o esperado por alguns analistas, não surtiu o efeito esperado no ânimo dos investidores. A medida extraordinária do BC americano foi vista como sinal de que o risco de recessão nos EUA pode ser maior que o previsto.

Entre as perdas de hoje, o setor financeiro deverá ser o mais atingido: o Bank of America anunciou uma queda de 95% em seu lucro no quarto trimestre, para US$ 268 milhões, e o Wachovia teve uma queda de 98% em seu lucro, que ficou em US$ 51 milhões no trimestre passado. Ambos sofreram perdas com as reduções nos valores de seus ativos lastreados em papéis de crédito de risco.

No setor de tecnologia, as perdas eram mais significativas nas ações do eBay e do Yahoo, que deve anunciar cortes de empregos.

As Bolsas européias, por sua vez, passaram a reagir com otimismo, após a perda inicial com o anúncio do Fed: a Bolsa de Londres tinha alta de 1%; a de Paris, alta de 0,66%; a de Zurique subia 1,04%; e a de Amsterdã, subia 1,20%. A Bolsa de Frankfurt era a exceção, com queda de 1,71%.

No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) resiste à queda nas Bolsas americanas e opera com forte alta, recuperando uma parte das perdas acumuladas. O Ibovespa, indicador que reflete os preços das ações mais movimentadas, sobe 2,56%, aos 55.085 pontos. O volume financeiro está alto para o horário: R$ 2,91 bilhões. A recuperação da Bolsa brasileira é puxada pelo bom desempenho das ações da Petrobras.

Fed

A decisão do Fed pretende fornecer um novo estímulo à economia norte-americana e evitar uma recessão. Foi a primeira vez desde os ataques terroristas de 11 de Setembro que o Fed recua os juros fora do período de suas reuniões regulares.

A decisão, no entanto, não foi unânime: o membro do Fed William Poole votou contra a decisão de cortar a taxa, alegando não acreditar que as atuais condições justifiquem uma ação do banco antes da reunião de política monetária, programada para a próxima semana. O membro do Fed Frederic Mishkin esteve ausente.

O banco justificou o corte alegando o "enfraquecimento da perspectiva econômica e o aumento do risco de desaceleração do crescimento", segundo comunicado.

Além disso, o Fed informou que pode agir novamente se as medidas tomadas hoje não surtirem o efeito desejado. "Restam riscos consideráveis de desaceleração econômica. O Comitê continuará a avaliar os efeitos financeiros e outros desdobramentos nas perspectivas econômicas e agirá de maneira pontual conforme necessário para enfrentar esses riscos".

"Enquanto as pressões sobre os mercados financeiros de curto prazo tenham se aliviado um pouco, as condições de financiamento geral do mercado continuam a se deteriorar e o crédito tem se apertando para alguns negócios e consumidores. Além disso, informações recebidas indicam o aprofundamento da contração imobiliária, bem como o enfraquecimento do mercado de trabalho", informa a nota.

Mas o Fed garantiu que, mesmo com a queda repentina nos juros, não perderá seu foco na inflação. 'O Comitê espera que a inflação se modere nos próprios trimestres, mas para isso será necessário cautela no monitoramento do desenvolvimento da inflação', informa a nota.

Anônimo disse...

21/01/2008 - 16h35
Meirelles diz que Brasil está preparado, mas não imune à crise dos EUA
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, admitiu nesta segunda-feira que o Brasil não está imune a uma recessão dos Estados Unidos. Ele ressaltou, no entanto, que, hoje, o país está mais preparado para enfrentar um cenário adverso.

"Não temos a ilusão que o Brasil está imune a desenvolvimentos externos. Mas cremos que estamos mais preparados para enfrentar cenários adversos", disse Meirelles.

Ele lembrou que o cenário básico de projeções feito no "Relatório de Inflação" do BC contempla um cenário externo adverso e que por essa razão a autoridade monetária está tranqüila.

Segundo Meirelles, o BC estará preparado para tomar medidas no caso de um agravamento do cenário externo, mas avisou que elas terão caráter preventivo e, não emergencial.

"Se necessário tomaremos medidas, mas sempre medidas preventivas para evitar problemas no futuro."

Sobre a forte queda na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e na Europa nesta segunda-feira, ele avaliou que esses movimentos de queda refletem o temor de uma recessão nos EUA.

Meirelles destacou que nos últimos anos o BC tem trabalhado para reduzir a vulnerabilidade externa do país e essa é a razão para, atualmente, os indicadores econômicos mostrarem maior sustentabilidade.

O presidente do BC citou três pontos que devem ser mantidos no país: responsabilidade fiscal, regime de câmbio flutuante e compromisso com as metas de inflação.

"Não há atalhos para o crescimento sustentável. Não há como prescindir do equilíbrio", afirmou.

Para Meirelles, uma possível recessão nos EUA terá efeitos "substancialmente menores" do que o Brasil sentiria no passado e também em relação ao que pode ocorrer em outros países. "Minha mensagem é uma só. Estamos preparados", concluiu o presidente do BC.

Meirelles participou nesta segunda-feira da cerimônia de posse de Maria Celina Berardinelli Arraes no BC, que assumiu a diretoria de Assuntos Internacionais.

Anônimo disse...

22/01/2008 - 11h24 - Atualizado em 22/01/2008 - 13h35

Contra crise, banco central dos EUA corta taxa de juros
Fed cortou 0,75 ponto da taxa, que foi para 3,50%.
Corte é tentativa de enfrentar a crise econômica que pode provocar recessão no país.
Do G1, com informações da France Presse
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O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos (Fed), baixou de maneira imprevista nesta terça-feira (22) sua taxa básica de juros de 4,25% para 3,50%. A decisão, que vinha sendo especulada pelo mercado, é uma tentativa de enfrentar as condições econômicas adversas e o aumento dos riscos que pesam sobre o crescimento do país.






Segundo o órgão, o corte foi decidido diante do enfraquecimento das perspectivas econômicas e do aumento dos riscos ao crescimento.



A próxima reunião do Fed só estava prevista para a próxima semana. A decisão foi precipitada, no entanto, pela queda acentuada das bolsas de valores mundiais nesta segunda-feira. Na Europa, as bolsas tiveram a pior queda desde 11 de setembro de 2001. A taxa de redesconto também foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 4%.



A notícia, considerada positiva pelo mercado, deve animar as bolsas de valores mundiais. Os negócios em Wall Street, que não funcionaram nesta segunda-feira por conta do feriado de Martin Luther King, nos Estados Unidos, ainda não foram retomados, e podem começar em terreno positivo.



Os mercados ainda especulam que alguns bancos centrais poderiam anunciar hoje uma medida coordenada de reduzir os juros de forma emergencial, entre eles o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE).

Anônimo disse...

Boa tarde!Olha,eu estou com medo dessa possivel crise nos EUA desembarcar aqui no Brasil e o bicho pegar para nós.Ai eu quero ver o nosso presidente falando nesse bendito espetaculo do crescimento que nunca chega.Devido a inoperancia do congresso e da inabilidade do governo nenhuma das reformas foram votadas e o pais não está preparado para enfrentar crises graves.Lula teve muita sorte pois viveu no seu primeiro mandato sob um forte crescimento da economia mundial,mas parece que esse ciclo virtuoso está se encerrando,o que espero é que os mais pobres não sofram pela incompetencia dos governantes!
Abraços e saudações!
Tiago.

msolangepereira disse...

Concordo com o Tiago, o vento que venta lá venta cá, com certeza vai sobrar para todos nós.

Meu entendimento de economia é doméstico,básico, nos Estados Unidos a política de crescimento é o consumismo,quando o povo para de comprar ou freia a compulsão a coisa fica preta,já aqui é o contrário, quando o consumo cresce tratam de aumentar as taxas de juros, gostaria de entender esse mecanismo.
Solange

Homero Moutinho Filho disse...

Solange.
-Os norte-americanos sempre foram protecionistas, não é agora esta política comercial deles.
-O que existe é uma tremenda especulação financeira no mundo inteiro. As bolsas viraram cassinos.
As contínuas altas eram irreais, como ocorreu em 1929 e quem perde sempre é o pequeno investidor que entra tarde depois que as ações já subiram mais do que deveríam.
Quando se formou a conjunção Júpiter-Plutão, Muitos grandes grandes investidores e os que têm o Sol o Ascendente, Júpiter ou Plutão em posições aspectadas pela conjunção ganharam muito e cairam fora há semanas.
Sabem porque a nossa bolsa foi a única que subiu hoje no mundo inteiro?
Pura especulação para enganar trouxas, fazendo as pessoas pensarem que os dólares aplicados a juros nos E.U.A virão para a nossa bolsa de valores.

-A crise chegará aqui sim, porque nossas reservas e todos os contratos comerciais de exportação são em dólres.
-O primeiro setor a ser atingido será o do agro-negócio, por causa da desvalorização do dólar.

Homero Moutinho Filho disse...

A grande diferença entre a nossa economia e a dos E.U.A, é que lá, cada vez que alguém compra alguma coisa, paga imediatamente uma taxa imposta pelo governo federal. Portanto, quanto maior o consumo, mais dinheiro é retirado de circulação para o governo, aumentando as reservas, porque o governo não aumenta de tamanho nem cria centenas de milhares de empregos como no Brasil, muito menos sequer existem estatais, para-estatais,INSS, bolsa-família, cotas,etc.
Aumenta o consumo sem aumentar a quantidade de moeda emitida pelo governo central, desde que os credores de títulos do governo não resolvam resgatá-los ao invés de renová-los. A classe média é independente do governo em termos de salário. Porém,investe muito nas bolsas e todos os fundos de pensão e aposentadoria dependem da estabilidade das bolsas.
-Aqui não. Quanto mais consumimos, mais injetamos dinheiro em setores periféricos parasitários, não produtivos, que retiram a sua parte de cada imposto embutido. Prefeituras, estados, etc.
Imediatamente eles criam empregos burocráticos, com fins eleitorais, aumentando o número de pessoas com bons salários,que consumirão mais, gerando empregos nas classes mais baixas, que também passarão a consumir mais, aumentando a demanda por produtos e serviços, disparando o processo inflacionário, porque a maior parte do que produzimos é para exportação.Se a demanda aumenta e a oferta não atende este crescimento, os preços disparam, porque, o que os conserva num patamar relativamente baixo aqui, é subsidiado pelos lucros (em dólares) dos produtores exportadores, do contrário, um quilo de qualquer carne custaria uns R$30,00.
-No Brasil, quando os fundos de pensão de empresas públicas perdem na bolsa o governo e suas estatais cobrem o prejuízo com o nosso dinheiro de impostos.

msolangepereira disse...

Então o ideal seria termos um imposto único, retido na fonte, sem margens para a sonegação, vendeu pagou, comprou pagou,os impostos municipais ,estaduais e federais, são uma arapuca, e todos são uma afronta, acho um absurdo pagar para trabalhar,aqui em São Paulo, lançaram a tal nota fiscal eletrônica com o argumento sedutor de desconto no IPTU, só não nos avisaram que o tal desconto é algo irrisório e que com as correções anuais que fazem, daria nada vezes nada e nem todos os comerciantes e prestadores de serviços são obrigados a tê-la, entre ter um desconto na hora da compra e comprar pagando imposto que sei, estar mal aplicado, não resta dúvida, ajudo a sonegar, sem culpa na consciencia.
Solange

Homero Moutinho Filho disse...

Há muitos projetos e campanhas, dentro e fora do Congresso. Nenhum é votado. Até nós temos um, elaborado por mim, que faz parte do manifesto do nosso Movimento Brasil Nova Era e comunidade do Orkut. Só que o meu, teríamos de fechar o Congresso e fazer uma revolução,rs.
Não interessa ao governo federal nem aos estaduais diminuir o número de impostos.
Coisas práticas, objetivas e certas, não são características de povos culturalmente atrasados, que possuem mentalidade desorganizada.

msolangepereira disse...

Esse é o maior problema ,povo atrasado, escolhe representantes igualmente atrasados com mentalidade dos senhores de engenho,vivemos ainda a tal benção do padrinho,infelizmente não vejo no nosso cenário político alguém que se destaque, todos parecem farinha do mesmo saco, fico indignada pois, todas as notícias que recebemos são de possíveis acordos e negociatas para aprovarem algo que não nos explicam e nem esclarecem do que nos serviria,leio sempre de projetos importantes engavetados ou ainda esperando aprovação, e aí me pergunto o que eles fazem lá?

O nosso novo ministro com
sobrenome mais do que apropriado "Lobão",afilhado de Sarney,é o mais recente exemplo do que temos que aturar.

Como minha participação no blog é recente, não tenho informações sobre o Movimento Brasil Nova Era e suas propostas, seria interessante que, fossem divulgadas aqui também, aproveitando o fato que teremos eleições esse ano pois sabemos que, o pior dos nossos defeitos é a memória curta e esses sanguesssugas sabem como tirar proveito disso.
Solange

Anônimo disse...

Essa é a hora de comprar ações de empresas que não serão prejudicadas no longo prazo.

Anônimo disse...

Boa Noite!Concordo plenamente com vc Homero e Solange.No meu ver o Brasil precisa diminuir o Estado sem deixar de ser um Estado Social para quem necessita de verdade.Não estamos pronto para o liberalismo total como em outras nações,mas um Estado- de- bem- estar social(apesar de demodé)no minha visão trabalhista é o melhor para nós.Só que esses senhores que estão em Brasilia(te garanto que se a capital fosse aqui no Rio esse gente não teria folga!)não fazem nada para o pais se modernizar com o advento das reformas,que no meu ver tem que começar com a politica e tributaria.É um absurdo o quanto se paga de imposto no Brasil e que infelizmente não é revertido em melhorias sociais a população mais carente.Aqui no Rio por exemplo o ex -governador Brizola construiu nas suas 2 passagens 504 CIEPS que foram abandonados pelos seus sucessores e ao invés de se continuar com essa obra linda eles investem em cheque cidadão e restaurante popular do garotinho!É essa a diferença,não querem que os mais carentes sejam libertos atraves da EDUCAÇÃO,querem os manter refens dessas esmolas para que seus partidos se perpetuem no poder.
PS:Estou muito temeroso com relação ao Brasil,vejo um possivel apagão no caminho,nossa situação economica não é das mais solidas,nossas forças armadas destroçadas e tendo como vizinho um lunatico expancionista que hj é quem mais investe em armas na america do sul.
PS:Homero,uma coisa que nunca entendi é sobre a questão da poupança interna,sempre li que os EUA tem uma boa poupança interna e o Brasil não.Mas nunca entendi ao certo o significado disso,será que tem a ver com a crise de lá?
Abraços e saudações!
Tiago.

Anônimo disse...

http://www.tribunadaimprensa.com.br/pedro.asp

A crise americana e a economia brasileira

Reportagem assinada por Ribamar Oliveira e Fábio Graner, "O Estado de S. Paulo" de 20/01, revela que setores do governo, especialmente do Banco Central, vêem com preocupação possíveis reflexos da crise imobiliária americana no Brasil. O movimento comercial se encolheria e, este ano, o PIB brasileiro, em vez de crescer 5 por cento, cresceria 4,5 pontos.
Como o PIB está projetado em cerca de 2 trilhões de reais, meio por cento representaria dez bilhões. Não vejo motivo para a preocupação alardeada, tampouco como financiamentos concedidos pelo Citigroup, sem base cadastral adequada, possam se refletir no Brasil. O banco acusou um prejuízo de 9,8 bilhões de dólares. O Produto Bruto norte-americano é de 14,7 trilhões de dólares, um terço do que é produzido em todo o mundo. À primeira vista, a impressão que se tem é a de que mais uma manobra especulativa esteja entrando em cena.

As dimensões percentuais, tanto lá quanto cá, são tranqüilizadoras. Mas em matéria financeira, claro, todo cuidado é pouco. Oliveira e Graner referem-se ao dinamismo do mercado interno de nosso País como capaz de substituir possíveis lacunas no comércio externo. Não creio. E não acredito também numa retração das importações de produtos brasileiros pelos EUA.

Em primeiro lugar, a expansão do comércio internacional brasileiro é, sem dúvida, o grande êxito do governo Lula. Ele recebeu de FHC um movimento de quase 70 bilhões de dólares-ano. Em 2007, atingiu 137 bilhões de dólares. Duplicou. Recebeu as importações em torno de 67 bilhões de dólares. Foram elevadas, cinco anos depois, para aproximadamente 100 bilhões.

Os saldos se acumularam e hoje as nossas reservas cambiais somam - segundo o "Estado de S. Paulo" - 184 bilhões de dólares, equivalendo a noventa e quatro por cento de nossa dívida externa. Em matéria cambial, verifica-se a existência de uma aparente blindagem. Forte blindagem. Pena que os saldos em divisas não tenham sido utilizados para reduzir nossa dívida interna, hoje na escala de 1 trilhão e 300 bilhões de reais, ou quase 670 bilhões de dólares.

Se tivessem sido, pelo menos em parte, o País teria pago menos que os 165 bilhões que pagou à rede bancária ano passado, para rolar o endividamento (interno), como publicou recentemente a Secretaria do Tesouro Nacional. O fato é que o movimento comercial entre Brasil e Estados Unidos, segundo publicação da Confederação Nacional do Comércio, representa mais de 30 por cento do total de 137 bilhões de dólares. Muito dificilmente problemas de financiamento imobiliário em Nova York serão capazes de sensibilizar este relacionamento.

Uma coisa, entretanto, surpreende na colocação de alguns técnicos do Bacen. Eles assinalam que o desemprego vem caindo no Brasil e os salários crescendo.

Daí uma perspectiva de expansão do mercado interno brasileiro que poderá compensar a diminuição no comércio externo. Essa não. Em primeiro lugar a taxa de emprego, no último ano, avançou apenas 0,5 por cento, de acordo com o IBGE. Cada ponto é igual a 940 mil postos de trabalho. Logo meio ponto corresponde a 470 mil empregos. Muito pouco. O País precisa criar, no mínimo, 1 milhão de empregos a cada doze meses.

Em segundo lugar, não é possível que a massa salarial tenha crescido em termos reais, pois para isso era indispensável que os reajustes tivessem superado a taxa inflacionária de 4,3 por cento. Não superaram. Se o mercado de consumo avançou, portanto o crescimento só pode ser explicado por uma maior expansão do crédito, incluindo esquemas criativos de refinanciamento de dívidas.

Em matéria de dinheiro não há milagre. Acontecimentos milagrosos, como escreveu Veríssimo em belo artigo publicado naquela mesma edição de "O Estado de S. Paulo", são próprios das peças religiosas. Não da matemática. O contexto do artigo não era econômico. Ele falava da "Odisséia" de Homero. Não da odisséia financeira de todos os dias. Mas recorri à citação porque ela se encaixa na realidade atual.

Assim, se o mercado de emprego cresce pouco e os salários não sobem, e se o consumo aumenta, é porque o sistema de crédito se tornou mais elástico. Qualquer outra hipótese é absurda. Todo este panorama nos leva a imaginar, contudo, que pressões especulativas vão se fazer sentir no universo brasileiro.

Os tradicionais compradores internacionais - é sempre assim - vão querer preços menores, e os vendedores, preços maiores. E até as empresas americanas, apesar da livre iniciativa de que se orgulham, vão passar a reivindicar apoio estatal. Surpresa? Nem tanto. O capital é assim: privatização dos lucros, socialização dos prejuízos. No fim, a sociedade paga a conta. Em todos os países.

Leia Pedro do Coutto de ontem

Homero Moutinho Filho disse...

Lourenço.
As ações ainda estão a preços altíssimos, fora do real valor, considerando patrimônio e dividendos.
Só se compra quando estão no fundo do poço, no mais baixo nível histórico dos últimos 5 anos e, mesmo assim, se tiver certeza que ela subirá a curto prazo.
Esta crise mal começou, será longa, atingirá os EUA quando Saturno voltar ao movimento direto e aspectar o Ascendente do mapa da independência, além do mapa de George Bush.
Logo em seguida aspectará o Sol do mapa do Brasil.
Portanto, guarde seu dinheiro debaixo do colchão. É mais seguro.

Homero Moutinho Filho disse...

Solange.

-O hábito de poupar vem da cultura européia anglo-saxã protestante.Capacidade de organização, disciplina, esforços concentrados, pragmatismo e raciocínio objetivo, são características naturais deles.

-Aqui apenas uma pequena parte da população tem estes hábitos culturais e tradições.A maioria não e nunca terá.

Anônimo disse...

Homero, então qual será a melhor época?

msolangepereira disse...

Num país em que esmola é considerado como "renda familiar",e quem trabalha é penalizado,não sobra vigor para a organização e disciplina. E não devemos esquecer que, o nosso digníssimo antes de ser eleito teve no mínimo 20 anos para se formar e instruir, e hoje, tem muito orgulho da própria ignorancia
qual será o incentivo usado para que a nossa juventude consiga ter uma expectativa mais justa?
Solange

Homero Moutinho Filho disse...

Lourenço.

-Tão cedo não será a melhor época.

msolangepereira disse...

Bom dia Homero!

Olha só a bancarrota se confirmando, ontem voce disse que a alta da Bovespa era especulação para enganar trouxa, hoje está despencando seguindo a tendência mundial.
Solange

Anônimo disse...

Boa tarde pessoal!
Homero,assim como a Solange não tive acesso as ideias do Movimento Nova Era e gostaria de ter!Seria possivel vc nos indicar onde possamos ler a ideias?
Quer dizer que a poupança intena é a nossa caderneta de poupança?
Homero,essa conjunção astrologica que afeta a economia americana chegará ainda esse ano ao Brasil?Engraçado,eu não tenho o habito de ir ao mercado mas por acaso fui ontem e fiquei bobo por exemplo com o preço do feijão(quase 5 reais!)e lembrei de vc dizer que o agronegocio será o primeiro setor a ser atingido.Ontem ao ver o telejornal me deparo com a ministra Dilma dizendo que o PAC é um antidoto para a crise americana,será mesmo?Ou é medo de uma grande derrota eleitoral nas eleições de 2008?
Obrigado!

Tiago.

Anônimo disse...

23/01/2008 - 15h31
Bovespa cede 3,89%; mercado avalia decisão do Fed com viés negativo
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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A desconfiança generalizada dos investidores com a economia americana continua a fazer efeito sobre os mercados. Hoje, a notícia de que o BCE (Banco Central Europeu) não deve acompanhar o BC americano (o Federal Reserve) em sua drástica redução dos juros contribuiu para uma nova jornada de perdas nesta quarta-feira.

O Ibovespa, termômetro dos negócios na Bolsa brasileira, recua 3,89%, aos 53.915 pontos. O volume financeiro é de R$ 3,39 bilhões.

O dólar comercial é negociado a R$ 1,181 para venda, em alta de 1,45%. A taxa de risco-país marca 282 pontos, número 4,44% superior à pontuação final de ontem.

Hoje, analistas e investidores adotaram o "viés negativo" para avaliar a decisão do "Fed", que ajustou, durante reunião extraordinária, a taxa básica de juros americana de 4,25% ao ano para 3,5%. Os juros básicos servem de referência para o custo dos empréstimos para consumidores e empresas.

Entenda: corte de juros nos EUA ocorre para evitar recessão

Pela manhã, as Bolsas asiáticas fecharam em alta, com investidores animados com a decisão do Fed. Esse "bom humor" não durou até a abertura das Bolsas européias, que fecharam hoje em território negativo. a Bolsa de Londres cedeu 2,27%, enquanto o mercado acionário de Frankfurt amarga baixa de 4,87%.
Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, mostra perdas de 1,26%.

Profissionais de bancos e corretoras não vêem chances de melhora na volatilidade dos mercados no curto prazo. Hoje, ganhou força a opinião de que, se o Fed agiu de forma extraordinária como ontem, o quadro econômico ainda pode apresentar indicadores de piora ainda não percebidos pelo mercado.

No front doméstico, os agentes financeiros operam sob expectativa do final da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), sendo o principal destaque de uma agenda econômica relativamente esvaziada nesta quarta-feira. Após o fechamento dos mercados, o Comitê deve anunciar se mantém, reduz ou eleva a taxa básica de juros brasileiro, hoje em 11,25% ao ano. O mercado, em sua maioria, espera que o Comitê mantenha os juros.

Leia mais

Homero Moutinho Filho disse...

Tiago.

Qual governo confessa que haverá crise? Eu nunca vi nenhum.

Homero Moutinho Filho disse...

Sobre o Movimento Brasil Nova Era é só clicarem no link ao lado e lerem no blog os primeiros arquivos de março de 2005, com o nosso manifesto.
Lá também tem o link para as comunidades do Orkut.
Há dezenas de entrevistas para as maiores revistas e jornais do país, citadas no Google digitando meu nome todo e centenas de reproduções publicadas.
Nos arquivos do outro blog leiam os de outubro de 2006, quando fui duas vezes matéria de capa da revista do jornal O Globo e do Globo online, sobre eleições e Voto Nulo.
A equipe do O Globo veio até aqui me entrevistar e fotografar
Há também publicações internacionais sobre o nosso movimento.
No momento não disponho de tempo para me dedicar como antes, mas outros continuam a nossa campanha pelo Voto Nulo.

Anônimo disse...

Realmente Homero,nenhum governo avisa que haverá crise!O que esperamos é sensatez e responsabilidade para que caso essa crise chegue aqui estejamos ao menos com alguma condição para não entrarmos em bancarrota.
Obrigado pela indicação do link do Movimento Nova Era,vou entrar e ler o manifesto.
Obrigado e saudações!
Tiago.