sexta-feira, 25 de julho de 2008

Prefiro errar...mas...



Quem quer que tenha lido meus comentários em resposta ao caso que a amiga Solange perguntou sobre o desaparecimento de um rapaz, músico; Francisco Chagas, poderá confirmar o que pude captar em visão sobre a ocorrência.
Pedi à outra amiga, que fez campanha sobre o caso, que apagasse a minha resposta em sua página de recados no Orkut, lida pelos familiares do rapaz.
Todos lá são testemunhas sobre o que postei e a resposta foi guardada pela responsável.
A prima dele confirmou agora o falecimento. Parece que o carro dele despencou numa ribanceira.
Às vezes detesto sinceramente dizer que minhas impressões estavam corretas.
Espero que as minhas informações passadas à esta amiga ajudem a Polícia a esclarecer o fato.
Neste caso, ainda torço para estar errado...

"Geração perdida"

Quando eu era uma criança, o leite ainda era vendido em garrafas e sem prazo de validade. Ninguém morria por causa do leite. Motociclistas não usavam capacetes nem aqueles apetrechos de segurança. Pouquíssimos se acidentavam. Motoristas de automóveis não usavam cintos de segurança. Raras eram as colisões e atropelamentos.
Podíamos transar sem medo de morrer, nem sermos obrigados a “chupar bala com o papel”, por causa da "camisinha".
Não havia o crime organizado de poder bélico superior ao da Polícia, no máximo uns punguistas e moleques assaltantes sem armas pesadas.
Passeávamos livremente à noite nas praias e ruas sem perigo de sermos mortos em assaltos ou por balas perdidas.
Costumávamos nos juntar para vermos o sol nascer depois de uma festa ou noitada, sem riscos de nada.
Na escola, meus amiguinhos eram normais, meninas gostavam de meninos e vice versa. Cresciam, namoravam e se casavam, tinham filhos e às vezes se separavam, nada mais do que isto.
Ninguém aturava assédios de pessoas do mesmo sexo e revidavam na hora, sem temores de serem presos por algum tipo de crime, ou por “discriminação”.
Fomos os responsáveis pela revolução mundial de liberdades e direitos, incluindo a sexual, "paz e amor",etc.
Sem nós , ainda viveriam na década de 50, com todos aqueles obstáculos e dificuldades sociais.
Lembro-me que, na década de 70 , quando morava nos E.U.A , conheci uma norte-americana , que depois foi minha companheira por uns tempos em Los Angeles, Califórnia. Quando nos conhecemos, a primeira coisa que ela me perguntou , é se eu era “straight”, ou seja, apenas “heterossexual” assumido.
Ora meu Deus, se isto é coisa para se perguntar num primeiro encontro?
Naquela época já era costume, depois de uma década aqui também passou a ser.
Hoje a grande maioria não pode mais passear e namorar nas praias, ver o sol nascer, nem ter relações, sem medo de morrer. “Chupam balas com papel” , desconfiam de tudo, não podem dirigir sem cintos de segurança insuportáveis e capacetes sufocantes.
Os acidentes aumentaram, quadruplicaram e continuam aumentando apesar de tudo.
Agora inventaram esta medida inconstitucional que é forçar um cidadão a produzir prova contra si, para obrigá-lo a soprar naquela “mufunfa idiota”, do “bafômetro”.
Um amigo meu, dono de escola de motoristas , ensinou-nos a negar e recusar o teste, como também o exame de sangue. Entre um e outro, os índices e níveis cairiam quase por completo e esta recusa estava amparada por lei.
Aqui o pessoal bebe todas e dirige, depois diz; “bebi sim, não nego, mas não vou ser pego”. Rsrsrs.
Ora gente, quantos maus motoristas, que não bebem, provocam acidentes e quantos fazem uso de tóxicos?
Para estes não existem testes, não é?
O cara sai “ligadão” de cocaína, "crack", heroína, maconha e passa na “blitz. Um outro que tomou umas cervejas vai preso?
Vivemos num “Estado policialesco”, de liberdades castradas, medos, receios, impunidade, violência desmedida, ausência do prazer carnal natural, amordaçados por leis em nossas opiniões e valores pessoais, para não sermos processados e presos por externá-las.
Não transamos seguros, não namoramos, não passeamos, não assumimos o que pensamos, não sabemos se voltaremos para casa, não sabemos com quem estamos lidando, não conhecemos a liberdade de ser e viver, apenas a liberdade “virtual” de prisioneiros em recintos fechados pensando sermos “deuses” independentes, anônimos e capazes de tudo no irreal de nossas vidinhas .
Sinceramente... graças a Deus, nasci bem antes e devo morrer também antes do trágico final.
Pude, pelo menos, curtir a vida com liberdade e esperanças.
Triste geração esta atual...